Nesta quarta-feira, acontece a última partida da edição 2015 da Copa do Nordeste. Ceará x Bahia. No primeiro jogo, realizado na Fonte Nova, o time cearense venceu por 1 a 0. Gol de Ricardinho. Hoje, no Castelão, haverá recorde de público. São esperados quase 64 mil presentes, superando a marca do Atlético-MG, que levou mais de 53 mil ao Mineirão, no último domingo, contra a Caldense.
Ou seja, mais de 103 mil ingressos foram vendidos nos dois jogos da final, sendo 40.892 pessoas na Nova Fonte Nova (Salvador) e 63.903 pagantes na Arena Castelão (Fortaleza). Pelo terceiro ano consecutivo, a Copa do Nordeste detém a maior média de público do Brasil. Supera inclusive o Campeonato Paulista com o badalado Corinthians.
Itaipava, Caixa, Rede, Gillette, Germed, Pitu, Subway, Midea, HapVida, Fisk, Maratá, Lupo, Penalty e Elsys foram as patrocinadoras do evento deste ano. O mercado publicitário foi um dos atrativos para a sua marca expandir.
Com o aumento de pelo menos 10% de um ano para outro e a cotação do dólar beirando os R$ 3, quem levantar a Copa do Nordeste deverá receber cerca de R$ 500 mil, sem contar a premiação de R$ 1,5 milhão já estipulada antes do torneio começar.
Além disso, o campeão terá uma vaga na Copa Sul-Americana, segundo principal torneio da América Latina.
A média de público pagante da Copa do Nordeste 2015 foi de 7.727 torcedores. Arena Castelão receberá seu maior público, desde a reinauguração. O recorde era de 60.342 pessoas no confronto entre Brasil e Colômbia, válido pelas oitavas de final da Copa do Mundo.
Enquanto alguns preferem assistir aos campeonatos estaduais, que são falhos, patéticos e apresentam um nível técnico horroroso, outros acompanham o torneio que salva o futebol brasileiro. Organização, torcedor apaixonado e fiel, conjunto tático, calendário. Que aula o Nordeste aplicou sobre o restante do País.
Porém apenas o Esporte Interativo, canal oficial da competição, junto com o EI Nordeste, transmitiram todos os jogos, sendo estes ao vivo, ou em VT. E vale destacar a plataforma EI Plus. A Globo transmitia apenas os jogos de seu interesse regional.
Só na fase-mata, a média da Copa do Nordeste subiu para 21.990 pessoas. Para se ter uma ideia, em 2014, a média foi de 15.123 pagantes.
Jogos emocionantes. Identidade típica dos jogos da competição. Casa de grandes duelos entre estados. Inclusão de equipes do Maranhão e Piauí, até então deixados de lado pelos organizadores. Taça que simboliza os estados da região. Bola exclusiva, batizada de Asa Branca. Música-tema. E uma moeda especial para o árbitro utilizar na final.
Que a Copa do Nordeste seja sempre forte, com mais patrocínios, investimentos e equipes participantes. Os Estaduais são passados. Servem apenas para bancar as federações. Público pífio nas arquibancadas e diretorias que pouco se importam com a melhora na qualidade do futebol brasileiro. À eles, o lucro.
O torcedor que fica em casa não é mais um alienado. Ele quer ver qualidade, tanto técnica e tática. Quer a emoção e a vontade de ficar preso no sofá, para acompanhar grandes duelos. A Copa do Nordeste proporciona.
quarta-feira, 29 de abril de 2015
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Caldense, Operário e Vitória da Conquista mostram que têm diferencial
Caldense, Vitória da Conquista e Operário. Mineiro, Baiano e Paranaense, respectivamente. Equipes modestas no cenário futebolístico. Porém vêm fazendo barulho neste ano. Embora estejam passando por dificuldades financeiras e estruturais, essas equipes mostram um diferencial, se comparado às de grandes expressões no mercado: humildade.
Raramente percebe-se que uma equipe de grande porte tenha a mesma característica citada acima. Entram de salto alto. Quando a bola rola e o nível de dificuldade aumenta, os discursos dos medalhões muda e o clichê aparece: "Sabíamos da dificuldade". Será, mesmo?
A Caldense já venceu o Atlético-MG na primeira fase do Campeonato Mineiro e conseguiu segurar o Cruzeiro, atual bi-campeão Brasileiro, no Mineirão. É algo para se pensar. Poços de Caldas tem um time organizado, veloz e bem comportado em campo.
Pratica o famoso arroz com feijão. Quer surpreender, quer mostrar que não será apenas mais uma equipe que vem e disputa o Estadual, se contentando com resultados inexpressivos. E consegue. Um empate simples na próxima semana, em Varginha, significa o título inédito. Sua primeira final em 90 anos de história.
E vale um adendo: Se a Caldense for campeã, conquistará o titulo de forma invicta, mesmo jogando contra Cruzeiro, Atlético-MG, América, Boa Esporte e Tombense (equipes das Séries A/B/C).
E o Operário? A equipe volta a disputar uma final após 54 anos. A última foi exatamente contra o Coritiba. O fato de jogar a decisão nesta temporada é ainda mais impactante em vista do ano passado. Em 2014, o clube alvinegro disputou o Torneio da Morte e, por pouco, não foi rebaixado para a Divisão de Acesso.
Porém a equipe apresenta inovações no quesito administração. Cerca de 40 pessoas contribuem mensalmente com R$2 mil, garantindo necessidades básicas. E na camisa há 10 patrocinadores. Esse alto número de marcas rende aproximadamente R$ 1 milhão por sete meses de exposição - o time também garantiu vaga na Série D.
Com 102 anos de história, o Operário busca seu primeiro título. A primeira missão foi feita: venceu por 2 a 0 em casa. Pode até perder por um gol de diferença no Couto Pereira, na próxima semana.
A final do Campeonato Baiano tradicionalmente é entre Bahia e Vitória. Porém o Vitória que chegou à final é o da Conquista. Dez jogos, cinco vitórias e cinco empates. Isso na primeira fase. E no primeiro duelo da final, contra o Bahia, a equipe aniquilou o Tricolor de Aço, vencendo por 3 a 0.
A equipe apelidada como Bode, apresenta um conjunto muito bem armado em campo. A transição de defesa com o ataque, do meio com o ataque é produtiva e leva susto ao adversário. Foi assim contra o Bahia.
Em seu escudo, o Vitória da Conquista apresenta uma estrela. Ela diz respeito ao único título até aqui, o estadual baiano da segunda divisão de 2006.
Evandro Guimarães, técnico, é o grande responsável por essa conquista. A confiança depositada no grupo supera qualquer limitação dentro ou fora das quatro linhas.
FOTOS: Divulgação
Raramente percebe-se que uma equipe de grande porte tenha a mesma característica citada acima. Entram de salto alto. Quando a bola rola e o nível de dificuldade aumenta, os discursos dos medalhões muda e o clichê aparece: "Sabíamos da dificuldade". Será, mesmo?
A Caldense já venceu o Atlético-MG na primeira fase do Campeonato Mineiro e conseguiu segurar o Cruzeiro, atual bi-campeão Brasileiro, no Mineirão. É algo para se pensar. Poços de Caldas tem um time organizado, veloz e bem comportado em campo.
Pratica o famoso arroz com feijão. Quer surpreender, quer mostrar que não será apenas mais uma equipe que vem e disputa o Estadual, se contentando com resultados inexpressivos. E consegue. Um empate simples na próxima semana, em Varginha, significa o título inédito. Sua primeira final em 90 anos de história.
E vale um adendo: Se a Caldense for campeã, conquistará o titulo de forma invicta, mesmo jogando contra Cruzeiro, Atlético-MG, América, Boa Esporte e Tombense (equipes das Séries A/B/C).
E o Operário? A equipe volta a disputar uma final após 54 anos. A última foi exatamente contra o Coritiba. O fato de jogar a decisão nesta temporada é ainda mais impactante em vista do ano passado. Em 2014, o clube alvinegro disputou o Torneio da Morte e, por pouco, não foi rebaixado para a Divisão de Acesso.
Porém a equipe apresenta inovações no quesito administração. Cerca de 40 pessoas contribuem mensalmente com R$2 mil, garantindo necessidades básicas. E na camisa há 10 patrocinadores. Esse alto número de marcas rende aproximadamente R$ 1 milhão por sete meses de exposição - o time também garantiu vaga na Série D.
Com 102 anos de história, o Operário busca seu primeiro título. A primeira missão foi feita: venceu por 2 a 0 em casa. Pode até perder por um gol de diferença no Couto Pereira, na próxima semana.
A final do Campeonato Baiano tradicionalmente é entre Bahia e Vitória. Porém o Vitória que chegou à final é o da Conquista. Dez jogos, cinco vitórias e cinco empates. Isso na primeira fase. E no primeiro duelo da final, contra o Bahia, a equipe aniquilou o Tricolor de Aço, vencendo por 3 a 0.
A equipe apelidada como Bode, apresenta um conjunto muito bem armado em campo. A transição de defesa com o ataque, do meio com o ataque é produtiva e leva susto ao adversário. Foi assim contra o Bahia.
Em seu escudo, o Vitória da Conquista apresenta uma estrela. Ela diz respeito ao único título até aqui, o estadual baiano da segunda divisão de 2006.
Evandro Guimarães, técnico, é o grande responsável por essa conquista. A confiança depositada no grupo supera qualquer limitação dentro ou fora das quatro linhas.
FOTOS: Divulgação
quinta-feira, 23 de abril de 2015
Com alma e vontade, São Paulo vence Corinthians; Ricci atrapalha o clássico
Poucas vezes neste ano o São Paulo foi tão ativo em uma partida. O Tricolor do Morumbi mostrou vontade, determinação, foco e, principalmente, alma para vencer o Corinthians por 2 a 0, no Morumbi. Luís Fabiano e Michel Bastos fizeram os gols da partida.
O Corinthians sentia a falta de Guerrero. Sem seu principal finalizador e artilheiro, Tite apostara em Emerson Sheik e Vágner Love. Este, por sinal, ainda está fora da sua forma física e técnica. Apático, o camisa 29 mais uma vez decepcionou. Não finalizou. Não assustava a defesa do São Paulo.
Já o São Paulo ainda apresenta carências e problemas no sistema defensivo, cujo não tem o entrosamento ideal, um bom meio de campo marcador e criativo e um forte ataque. Sem contar com Alexandre Pato, por motivos contratuais, coube ao Luis Fabiano assumir a responsabilidade. E assumiu.
Aos 31 minutos da primeira etapa, Reinaldo cruzou pela esquerda, Hudson tentou finalizar e furou, mas deixou para Luis Fabiano que, sozinho, estufou a rede. À essa altura, o Corinthians já demonstrava nervosismo e apatia. Tanto nervosismo derivou na expulsão de Emerson Sheik, que agrediu Rafael Tolói sem bola na intermediária e levou o cartão vermelho direto.
Porém, Sandro Meira Ricci, árbitro cujo Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, disse que estava preocupado devido ao retrospecto, errou ao expulsá-lo. Rafael Tóloi havia na jogada anterior pisado sobre Sheik.
Com um a menos, o Corinthians apresentava um verdadeiro marasmo. Não tinha forças para surpreender. Devido à fragilidade do adversário, o segundo do São Paulo logo saiu. Michel Bastos recebeu na intermediária, a zaga do Corinthians lhe deu toda a liberdade, arriscou um chute e viu a bola quicar diante de Cássio e entrar. 2 a 0.
Sem oferecer qualquer perigo ao gol de Rogério Ceni nos 45 minutos iniciais, o técnico Tite voltou do intervalo com Mendoza no lugar de Vagner Love no ataque, apostando na velocidade do colombiano. Tentativa frustrada, já que aos 9 minutos Mendoza se envolveu em uma disputa com Luis Fabiano e ambos acabaram expulsos.
E aqui vale citar mais um erro de Ricci. O cartão vermelho dado ao colombiano foi exagerado, vide a atitude patética de Luís Fabiano. Claramente nas imagens, percebe-se que Mendoza tentou a agressão, porém não acertou o rosto do camisa 9 são-paulino. Vermelho por “agressão” num lance de simulação? Atitude pífia.
Voltemos ao jogo. O que se viu é que Tite colocou o jogador errado e isso foi fundamental para o insucesso no clássico. Além disso, temos que destacar que dentro de campo era nítido o comportamento diferente dos dois times.
O São Paulo mais pilhado, ligado no jogo, brigando em todas as bolas, ganhando todas as divididas, mostrando raça e vontade. Já o Corinthians era um time sem personalidade, faltou luta e principalmente atitude dentro das quatro linhas. Uma postura totalmente adversa daquela vista no primeiro clássico, na Arena Corinthians.
Tite ainda tentou fazer seu time reagir com as entradas de Bruno Henrique e Danilo nos lugares de Jadson e Renato Augusto, mas não foi o suficiente. Estava mais fácil o São Paulo chegar ao terceiro gol (e saiu, com Ganso, porém o assistente marcou corretamente o impedimento) do que o Corinthians fazer o primeiro.
No final da partida com o resultado já definido constatou-se que o Corinthians ainda sente a eliminação nos pênaltis diante do Palmeiras. Encara, agora, pelas oitavas de final a equipe do Guarani-PAR, e precisa melhorar seu desempenho. Para essa partida, talvez conte com o retorno de Guerrero, fazendo com que o esquema tático 4-1-4-1 volte a funcionar.
Por sua vez, o São Paulo se encontra pela primeira vez na competição. Tem o Cruzeiro na próxima fase. O heavy metal antes do clássico motivou o Tricolor. Rogério Ceni, líder da equipe, fez uma preleção que mexeu com as estruturas psiclógicas dos jogadores. Para melhor, obviamente.
Para finalizar, Sandro Meira Ricci é totalmente responsável pelo estrago da partida. Comportamento pífio. O nosso quadro de arbitragem é péssimo. O árbitro que pertence à Federação Catarinense conseguiu calar a boca de Aidar e estragar a própria boa apresentação do São Paulo, que foi melhor desde o primeiro minuto.
O Corinthians sentia a falta de Guerrero. Sem seu principal finalizador e artilheiro, Tite apostara em Emerson Sheik e Vágner Love. Este, por sinal, ainda está fora da sua forma física e técnica. Apático, o camisa 29 mais uma vez decepcionou. Não finalizou. Não assustava a defesa do São Paulo.
Já o São Paulo ainda apresenta carências e problemas no sistema defensivo, cujo não tem o entrosamento ideal, um bom meio de campo marcador e criativo e um forte ataque. Sem contar com Alexandre Pato, por motivos contratuais, coube ao Luis Fabiano assumir a responsabilidade. E assumiu.
Aos 31 minutos da primeira etapa, Reinaldo cruzou pela esquerda, Hudson tentou finalizar e furou, mas deixou para Luis Fabiano que, sozinho, estufou a rede. À essa altura, o Corinthians já demonstrava nervosismo e apatia. Tanto nervosismo derivou na expulsão de Emerson Sheik, que agrediu Rafael Tolói sem bola na intermediária e levou o cartão vermelho direto.
Porém, Sandro Meira Ricci, árbitro cujo Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo, disse que estava preocupado devido ao retrospecto, errou ao expulsá-lo. Rafael Tóloi havia na jogada anterior pisado sobre Sheik.
Com um a menos, o Corinthians apresentava um verdadeiro marasmo. Não tinha forças para surpreender. Devido à fragilidade do adversário, o segundo do São Paulo logo saiu. Michel Bastos recebeu na intermediária, a zaga do Corinthians lhe deu toda a liberdade, arriscou um chute e viu a bola quicar diante de Cássio e entrar. 2 a 0.
Sem oferecer qualquer perigo ao gol de Rogério Ceni nos 45 minutos iniciais, o técnico Tite voltou do intervalo com Mendoza no lugar de Vagner Love no ataque, apostando na velocidade do colombiano. Tentativa frustrada, já que aos 9 minutos Mendoza se envolveu em uma disputa com Luis Fabiano e ambos acabaram expulsos.
E aqui vale citar mais um erro de Ricci. O cartão vermelho dado ao colombiano foi exagerado, vide a atitude patética de Luís Fabiano. Claramente nas imagens, percebe-se que Mendoza tentou a agressão, porém não acertou o rosto do camisa 9 são-paulino. Vermelho por “agressão” num lance de simulação? Atitude pífia.
Voltemos ao jogo. O que se viu é que Tite colocou o jogador errado e isso foi fundamental para o insucesso no clássico. Além disso, temos que destacar que dentro de campo era nítido o comportamento diferente dos dois times.
O São Paulo mais pilhado, ligado no jogo, brigando em todas as bolas, ganhando todas as divididas, mostrando raça e vontade. Já o Corinthians era um time sem personalidade, faltou luta e principalmente atitude dentro das quatro linhas. Uma postura totalmente adversa daquela vista no primeiro clássico, na Arena Corinthians.
Tite ainda tentou fazer seu time reagir com as entradas de Bruno Henrique e Danilo nos lugares de Jadson e Renato Augusto, mas não foi o suficiente. Estava mais fácil o São Paulo chegar ao terceiro gol (e saiu, com Ganso, porém o assistente marcou corretamente o impedimento) do que o Corinthians fazer o primeiro.
No final da partida com o resultado já definido constatou-se que o Corinthians ainda sente a eliminação nos pênaltis diante do Palmeiras. Encara, agora, pelas oitavas de final a equipe do Guarani-PAR, e precisa melhorar seu desempenho. Para essa partida, talvez conte com o retorno de Guerrero, fazendo com que o esquema tático 4-1-4-1 volte a funcionar.
Por sua vez, o São Paulo se encontra pela primeira vez na competição. Tem o Cruzeiro na próxima fase. O heavy metal antes do clássico motivou o Tricolor. Rogério Ceni, líder da equipe, fez uma preleção que mexeu com as estruturas psiclógicas dos jogadores. Para melhor, obviamente.
Para finalizar, Sandro Meira Ricci é totalmente responsável pelo estrago da partida. Comportamento pífio. O nosso quadro de arbitragem é péssimo. O árbitro que pertence à Federação Catarinense conseguiu calar a boca de Aidar e estragar a própria boa apresentação do São Paulo, que foi melhor desde o primeiro minuto.
quarta-feira, 22 de abril de 2015
Tite completa 300 jogos no comando do Corinthians
Tite completa nesta quarta-feira 300 jogos no comando do Corinthians. O ambiente e o jogo são especiais. A equipe encara o São Paulo, no Morumbi, em jogo válido pela Libertadores. Já classificado, o Corinthians busca vencer o Tricolor, para alcançar a segunda melhor campanha do torneio, ficando atrás apenas do Boca Juniors, clube cujo qual Tite conhece muito bem. Foi sobre o clube argentino que Tite levara o Corinthians à consagração, ganhando sua primeira Libertadores. Foi a primeira conquista da equipe alvinegra.
Tite fez sua estreia justamente contra o São Paulo, em 30 de maio de 2004, no empate em 1 a 1, no Campeonato Brasileiro , também no Morumbi. De lá para cá, já são 298 jogos no comando do Corinthians.
Das três passagens pelo Timão, a segunda foi a mais consagrada. O treinador conquistou cinco campeonatos, entre eles, o mais cobiçado pelo clube e sua torcida, a Copa Libertadores da América, de 2012. Os outros quatro foram: Campeonato Brasileiro de 2011, Mundial de Clubes da FIFA (2012), Campeonato Paulista (2013) e a Recopa Sul-Americana, também em 2013. E a vitória veio sobre o São Paulo.
No duelo de hoje à noite, caso o Corinthians vença ou empate, o São Paulo pode ser eliminado, dependendo do resultado entre San Lorenzo e Danubio. Além disso, a equipe quer corresponder em campo, em virtude da eliminação nos pênaltis, no último domingo, para o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista.
Confira os números de Tite:
Total
Jogos disputados: 299
Pontos conquistados: 543
Vitórias: 150
Empates: 93
Derrotas: 56
Gols a favor: 403
Gols contra: 220
1ª passagem - 2004 e 2005
Jogos disputados: 51
Pontos conquistados: 87
Vitórias: 24
Empates: 15
Derrotas: 12
Gols a favor: 62
Gols contra: 44
2ª passagem - 2010 a 2013
Jogos disputados: 221
Pontos conquistados: 377
Vitórias: 107
Empates: 56
Derrotas: 43
Gols a favor: 291
Gols contra: 160
3ª passagem - 2015
Jogos disputados: 27
Pontos conquistados: 64
Vitórias: 19
Empates: 7
Derrotas: 1
Gols a favor: 50
Gols contra: 16
Tite fez sua estreia justamente contra o São Paulo, em 30 de maio de 2004, no empate em 1 a 1, no Campeonato Brasileiro , também no Morumbi. De lá para cá, já são 298 jogos no comando do Corinthians.
Das três passagens pelo Timão, a segunda foi a mais consagrada. O treinador conquistou cinco campeonatos, entre eles, o mais cobiçado pelo clube e sua torcida, a Copa Libertadores da América, de 2012. Os outros quatro foram: Campeonato Brasileiro de 2011, Mundial de Clubes da FIFA (2012), Campeonato Paulista (2013) e a Recopa Sul-Americana, também em 2013. E a vitória veio sobre o São Paulo.
No duelo de hoje à noite, caso o Corinthians vença ou empate, o São Paulo pode ser eliminado, dependendo do resultado entre San Lorenzo e Danubio. Além disso, a equipe quer corresponder em campo, em virtude da eliminação nos pênaltis, no último domingo, para o Palmeiras, pelo Campeonato Paulista.
Confira os números de Tite:
Total
Jogos disputados: 299
Pontos conquistados: 543
Vitórias: 150
Empates: 93
Derrotas: 56
Gols a favor: 403
Gols contra: 220
1ª passagem - 2004 e 2005
Jogos disputados: 51
Pontos conquistados: 87
Vitórias: 24
Empates: 15
Derrotas: 12
Gols a favor: 62
Gols contra: 44
2ª passagem - 2010 a 2013
Jogos disputados: 221
Pontos conquistados: 377
Vitórias: 107
Empates: 56
Derrotas: 43
Gols a favor: 291
Gols contra: 160
3ª passagem - 2015
Jogos disputados: 27
Pontos conquistados: 64
Vitórias: 19
Empates: 7
Derrotas: 1
Gols a favor: 50
Gols contra: 16
Marcadores:
Corinthians,
Libertadores,
São Paulo,
Tite
Bayern de Alemanha x Porto do Brasil. Como esquecer o vexame da Copa?
O Bayern de Munique atropelou o Porto. Venceu por 6 a 1 e avançou para as semifinais da Champions League.
Parecia uma reprise de Alemanha 7 x 1 Brasil, na Copa do Mundo.
O time alemão dominou. Pep Guardiola deu um nó tático sobre Julien Lopetegui. Com apenas 24 minutos de bola rolando, os Bávaros já aplicavam 3 a 0 (Thiago Alcântara, Boateng e Lewandowski).
Após 14 minutos, mais dois gols. Boateng e Lewandowski, novamente. O primeiro tempo terminou 5 a 0, assim como aquele fatídico jogo entre Brasil x Alemanha, válido pela Copa do Mundo, no Mineirão.
A postura do Porto foi assustadora. Totalmente recuado, chegando a ter nove jogadores mais o goleiro atrás da linha que divide o gramado, a equipe portuguesa assistiu ao espetáculo alemão.
Troca de passes, valorização da posse de bola, intensidade e finalizações ao gol. Foi assim que o Bayern de Munique garantiu sua vaga na primeira etapa.
Na volta do intervalo, o Bayern apertou o freio. Atitude semelhante da seleção alemã. Com isso, o Porto foi se soltando na partida. Buscou o ataque e chegou a descontar, com Jackson Martínez, aos 28 minutos. E ainda pôde dar alguns sustos até o apito final. Bem diferente da seleção brasileira, que só conseguiu balançar as redes aos 43 minutos, com Oscar.
Porém, o espírito alemão falava mais alto. Ou seja, a intensidade tinha que voltar. E veio. Xabi Alonso, de falta, fechou a conta em Munique. Alemães classificados, portugueses eliminados.
O Bayern jogou em um ritmo infernal. Tortura alemã. Já o Porto ficou perdido em campo. Sem esquema tático. O massacre era inevitável, embora este que vos escreve apostasse no Porto antes da bola rolar, vide aquele 3 a 1 aplicado no jogo de ida. Porém eu deveria ter tido uma consciência maior sobre sua fragilidade e incompetência.
Lopetegui e a comissão técnica esperam ansiosamente por uma carta de Dona Lúcia.
Parecia uma reprise de Alemanha 7 x 1 Brasil, na Copa do Mundo.
O time alemão dominou. Pep Guardiola deu um nó tático sobre Julien Lopetegui. Com apenas 24 minutos de bola rolando, os Bávaros já aplicavam 3 a 0 (Thiago Alcântara, Boateng e Lewandowski).
Após 14 minutos, mais dois gols. Boateng e Lewandowski, novamente. O primeiro tempo terminou 5 a 0, assim como aquele fatídico jogo entre Brasil x Alemanha, válido pela Copa do Mundo, no Mineirão.
A postura do Porto foi assustadora. Totalmente recuado, chegando a ter nove jogadores mais o goleiro atrás da linha que divide o gramado, a equipe portuguesa assistiu ao espetáculo alemão.
Troca de passes, valorização da posse de bola, intensidade e finalizações ao gol. Foi assim que o Bayern de Munique garantiu sua vaga na primeira etapa.
Na volta do intervalo, o Bayern apertou o freio. Atitude semelhante da seleção alemã. Com isso, o Porto foi se soltando na partida. Buscou o ataque e chegou a descontar, com Jackson Martínez, aos 28 minutos. E ainda pôde dar alguns sustos até o apito final. Bem diferente da seleção brasileira, que só conseguiu balançar as redes aos 43 minutos, com Oscar.
Porém, o espírito alemão falava mais alto. Ou seja, a intensidade tinha que voltar. E veio. Xabi Alonso, de falta, fechou a conta em Munique. Alemães classificados, portugueses eliminados.
O Bayern jogou em um ritmo infernal. Tortura alemã. Já o Porto ficou perdido em campo. Sem esquema tático. O massacre era inevitável, embora este que vos escreve apostasse no Porto antes da bola rolar, vide aquele 3 a 1 aplicado no jogo de ida. Porém eu deveria ter tido uma consciência maior sobre sua fragilidade e incompetência.
Lopetegui e a comissão técnica esperam ansiosamente por uma carta de Dona Lúcia.
quinta-feira, 16 de abril de 2015
Um dia (já noite) especial
Poderia ser uma data qualquer. Uma quarta-feira comum, assim como são todas as outras.
Mas foi diferente. Tinha algo em especial.
Copa do Brasil, o segundo campeonato mais importante do nosso país.
Mais de 11 mil pagantes.
Santos x Londrina. Jogo que aparentemente seria fácil. Mas não foi.
O palco do espetáculo era o Estádio Martins Pereira. São José dos Campos.
Depois de 25 anos, a cidade voltava a respirar o campeonato.
O último duelo pela Copa do Brasil havia sido em 1990. São José 1 x 2 Coritiba,
Construíram o placar: Zico, pelo São José-SP, e Serginho e Moreno, do Coritiba.
Martins Pereira viveu momentos marcantes. Como exemplo, a inauguração e seu primeiro gol.
O primeiro gol do estádio que tem apenas 40 anos foi marcado por Dadá Maravilha.
Dia 15 de abril. Talvez esse dia ficará marcado como o mais emblemático para a cidade e o estádio.
Durante alguns minutos, uma cena pirotécnica. Rojões e sinalizadores ao redor da arquitetura.
O vermelho marcava a noite de céu azul. Que brilho!
Dentro das quatro linhas, faltou esse brilho!
Jogo teve seus momentos de alternâncias. Ora, disputado. Ora, monótono.
A torcida fazia sua parte. Cantava, batia palmas.
Mas não eram apenas santistas e londrinenses, em sua minoria, que ocupavam os espaços do estádio.
Haviam os admiradores do futebol. Os admiradores da oportunidade única.
90 minutos se transformaram em segundos. Foi rápido.
Queria ter desfrutado mais um pouco.
Queria fazer o meu trajeto novamente.
Porém haverá novas oportunidades, creio eu.
Só que essas já não terá um sabor tão histórico assim.
Enfim, quem teve a oportunidade de ir ao estádio, com certeza terá uma história para contar.
Uma história de um dia (já noite) especial.
terça-feira, 14 de abril de 2015
Entrevista com Vadão, técnico da Seleção Feminina
Oswaldo Alvarez, mais conhecido como Vadão, é o treinador da Seleção Feminina. Responsável por revelar jogadores como Rivaldo, Kaká, Julio Batista, Edu Dracena, Jadson, entre outros, o experiente técnico encara um novo desafio em sua carreira: o futebol feminino.
Vadão trocou a consolidada carreira do futebol masculino pelo desafio de liderar a seleção brasileira feminina rumo ao maior objetivo da história: ganhar a medalha de ouro nas Olimpíadas de 2016, que será realizado no Rio de Janeiro.
Em entrevista ao Blog do Gabriel Dantas, Vadão comentou sobre o preconceito que existe com as mulheres que praticam o futebol, a prepração para a disputa da Copa do Mundo que acontecerá no Canadá e a falta de estrutura nos clubes.
Para os futuros leitores, quem é Oswaldo Alvarez, mais conhecido como Vadão?
Comecei a jogar futebol no Guarani de Campinas em 1974 e fui profissional até 1983, quando encerrei minha carreira de atleta e iniciei na preparação física, onde trabalhei até 1992 , quando me tornei técnico de futebol. Exerço essa profissão durante 22 anos.
Quando e onde foi sua estreia no meio futebolístico?
Jogava na minha terra natal (Monte Azul Paulista) e minha estreia aconteceu no juniores do Guarani em 1974.
Sempre sonhou em ser técnico? E qual a vocação para comandar uma equipe?
Nunca imaginei ser técnico de futebol. Isso surgiu repentinamente no ano de 1991. Trabalhava como Preparador Físico no Mogi Mirim. A equipe não vinha bem e eu assumi interinamente, livrando a equipe do rebaixamento. A partir daí, com muita insistência do Presidente Wilson de Barros, do Diretor de Futebol Henrique Stort e de um grande amigo jornalista Brasil de Oliveira, fui convencido a me tornar técnico, consequentemente eu acabei descobrindo esta vocação logo no primeiro ano de profissão.
Das equipes que treinou, qual foi a mais marcante? Por quê?
Acredito que cada clube que trabalhamos, carregamos uma história. Mas creio que meu início de carreira no Mogi Mirim, montei uma equipe nos moldes diferentes da época e isso chamou a atenção do Brasil todo pela forma bonita e eficiente da equipe, que foi apelidada de Carrossel Caipira, baseada na movimentação do famoso Carrossel Holandês. De lá surgiram grandes jogadores como Rivaldo, considerado o melhor do mundo num momento importante da sua carreira.
Qual a principal diferença entre os aspectos táticos do futebol masculino e feminino?
O futebol feminino evoluiu muito taticamente, mas algumas diferenças físicas acabam modificando a postura de algumas situações como bola parada, finalizações de longa distância, reposições de bola, viradas de jogo, jogadas aéreas. São detalhes onde o masculino tem mais facilidade.
Atualmente, estás no comando da Seleção Feminina. Como surgiu o convite?
Estava trabalhando na Ponte Preta, no Campeonato Paulista de 2014 e logo após o término, fui convidado pelo Presidente Marin e pelo seu sucessor, Marco Polo, para assumir a Seleção Feminina com o intuito de nos prepararmos melhor para o Mundial e Pan-americano de 2015, ambos no Canadá, e as Olimpíadas de 2016, no Brasil.
Como foi a adaptação ao trabalho com as mulheres? Você estudou sobre o universo feminino?
A adaptação foi rápida, porque tive todo apoio das atletas e do nosso coordenador, Fabrício Maia, que é um profundo conhecedor do futebol feminino. Durante todo esse tempo tenho estudado muito sobre o futebol feminino e as grandes seleções do mundo que jogam totalmente diferente do que jogamos.
Recentemente, a Seleção feminina perdeu para a Alemanha em duas oportunidades. Qual a sua avaliação sobre os jogos?
Embora o placar do último jogo tenha sido maior que do primeiro (3 a 1 e 4 a 0) nós tivemos uma evolução muito boa taticamente. Fizemos um primeiro tempo em alto nível de competitividade, e isso nos dá uma perspectiva muito boa para o futuro. Nós temos até o Mundial um tempo bom para que possamos jogar em alta intensidade, o que os campeonatos no Brasil não nos oferece. O desenvolvimento da modalidade nos outros países está bem à frente. Nossa estrutura é frágil perto das grandes potências.
No sábado (4), a Seleção realizou um jogo-treino contra o São José. Qual foi a importância deste jogo?
Nós aproveitamos nossa estadia em São José dos Campos, porque iríamos embarcar para a Alemanha no domingo de Páscoa e pedimos essa gentileza ao São José, que nos atendeu. A equipe é muito boa e é bem dirigida pela Emily [Lima]. Entendemos que o jogo-treino foi muito produtivo.
A preparação agora vai ser para o Mundial que será realizado no Canadá. Onde será feita? Você já tem uma lista pré-definida de convocadas?
A preparação para o Mundial será feita em Itu-SP, devido à Granja Comary estar em reformas. A lista [para o Mundial] sairá dessas 35 atletas que formarão a primeira lista que a FIFA pede com antecedência. As 23 que viajarão para o Canadá serão escolhidas mais próximas da competição.
E em 2016 tem os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. A seleção vai entrar como favorita, assim como foi no Pan-Americano de 2007, ou apenas brigará para não passar vexame?
Todo esforço e investimento que a CBF tem feito com a Seleção é exatamente para que possamos chegar em condições de igualdade nas Olimpíadas no Brasil. Na escala da FIFA nós estamos em sétimo lugar, por isso o Mundial e o Pan-Americano são importantíssimos para que tenhamos uma experiência real dos nossos adversários.
Por que falta investimento no futebol feminino? Na sua opinião, esse déficit é culpa do Estado? A mídia também tem sua parcela de culpa?
Acredito que todos nós temos uma parcela. O desenvolvimento da modalidade está muito aquém de outros países, onde esta modalidade faz parte do plano de governo, no qual toda a sociedade está envolvida de alguma forma. No sorteio do Mundial no Canadá teve a presença da imprensa de todos países participantes, menos do Brasil. Não existindo divulgação, não atraímos investidores, e a modalidade se torna uma bola de neve. Ainda carregamos boa dose de preconceito que pode ser diminuído com a inclusão nas escolas onde o futebol feminino poderia ser encarado como um esporte qualquer. Enfim, ficaríamos horas discutindo as causas, mas uma coisa é certa é clara: se as providências não forem tomadas com rapidez, o futuro da modalidade estará longe do otimismo.
Qual a avaliação que faz atualmente do grupo da Seleção?
Nós ainda temos grandes atletas, individualmente falando. O que estamos trabalhando é justamente para termos uma equipe taticamente organizada, jogando em alto nível e com intensidade e competitividade nos moldes atuais.
Um sonho que pretende realizar?
Meu sonho é deixar minha colaboração, que no momento é ser campeão, para poder despertar o interesse das pessoas para um melhor desenvolvimento da modalidade.
Para finalizar, deixe um recado para os nossos leitores.
Nós sabemos o quanto é difícil jogar futebol feminino no Brasil, por isso não deixe passar a oportunidade de torcer muito pela seleção feminina. As meninas que representam a Seleção são especiais.
Vadão trocou a consolidada carreira do futebol masculino pelo desafio de liderar a seleção brasileira feminina rumo ao maior objetivo da história: ganhar a medalha de ouro nas Olimpíadas de 2016, que será realizado no Rio de Janeiro.
Em entrevista ao Blog do Gabriel Dantas, Vadão comentou sobre o preconceito que existe com as mulheres que praticam o futebol, a prepração para a disputa da Copa do Mundo que acontecerá no Canadá e a falta de estrutura nos clubes.
Para os futuros leitores, quem é Oswaldo Alvarez, mais conhecido como Vadão?
Comecei a jogar futebol no Guarani de Campinas em 1974 e fui profissional até 1983, quando encerrei minha carreira de atleta e iniciei na preparação física, onde trabalhei até 1992 , quando me tornei técnico de futebol. Exerço essa profissão durante 22 anos.
Quando e onde foi sua estreia no meio futebolístico?
Jogava na minha terra natal (Monte Azul Paulista) e minha estreia aconteceu no juniores do Guarani em 1974.
Sempre sonhou em ser técnico? E qual a vocação para comandar uma equipe?
Nunca imaginei ser técnico de futebol. Isso surgiu repentinamente no ano de 1991. Trabalhava como Preparador Físico no Mogi Mirim. A equipe não vinha bem e eu assumi interinamente, livrando a equipe do rebaixamento. A partir daí, com muita insistência do Presidente Wilson de Barros, do Diretor de Futebol Henrique Stort e de um grande amigo jornalista Brasil de Oliveira, fui convencido a me tornar técnico, consequentemente eu acabei descobrindo esta vocação logo no primeiro ano de profissão.
Das equipes que treinou, qual foi a mais marcante? Por quê?
Acredito que cada clube que trabalhamos, carregamos uma história. Mas creio que meu início de carreira no Mogi Mirim, montei uma equipe nos moldes diferentes da época e isso chamou a atenção do Brasil todo pela forma bonita e eficiente da equipe, que foi apelidada de Carrossel Caipira, baseada na movimentação do famoso Carrossel Holandês. De lá surgiram grandes jogadores como Rivaldo, considerado o melhor do mundo num momento importante da sua carreira.
Qual a principal diferença entre os aspectos táticos do futebol masculino e feminino?
O futebol feminino evoluiu muito taticamente, mas algumas diferenças físicas acabam modificando a postura de algumas situações como bola parada, finalizações de longa distância, reposições de bola, viradas de jogo, jogadas aéreas. São detalhes onde o masculino tem mais facilidade.
Atualmente, estás no comando da Seleção Feminina. Como surgiu o convite?
Estava trabalhando na Ponte Preta, no Campeonato Paulista de 2014 e logo após o término, fui convidado pelo Presidente Marin e pelo seu sucessor, Marco Polo, para assumir a Seleção Feminina com o intuito de nos prepararmos melhor para o Mundial e Pan-americano de 2015, ambos no Canadá, e as Olimpíadas de 2016, no Brasil.
Como foi a adaptação ao trabalho com as mulheres? Você estudou sobre o universo feminino?
A adaptação foi rápida, porque tive todo apoio das atletas e do nosso coordenador, Fabrício Maia, que é um profundo conhecedor do futebol feminino. Durante todo esse tempo tenho estudado muito sobre o futebol feminino e as grandes seleções do mundo que jogam totalmente diferente do que jogamos.
Recentemente, a Seleção feminina perdeu para a Alemanha em duas oportunidades. Qual a sua avaliação sobre os jogos?
Embora o placar do último jogo tenha sido maior que do primeiro (3 a 1 e 4 a 0) nós tivemos uma evolução muito boa taticamente. Fizemos um primeiro tempo em alto nível de competitividade, e isso nos dá uma perspectiva muito boa para o futuro. Nós temos até o Mundial um tempo bom para que possamos jogar em alta intensidade, o que os campeonatos no Brasil não nos oferece. O desenvolvimento da modalidade nos outros países está bem à frente. Nossa estrutura é frágil perto das grandes potências.
No sábado (4), a Seleção realizou um jogo-treino contra o São José. Qual foi a importância deste jogo?
Nós aproveitamos nossa estadia em São José dos Campos, porque iríamos embarcar para a Alemanha no domingo de Páscoa e pedimos essa gentileza ao São José, que nos atendeu. A equipe é muito boa e é bem dirigida pela Emily [Lima]. Entendemos que o jogo-treino foi muito produtivo.
A preparação agora vai ser para o Mundial que será realizado no Canadá. Onde será feita? Você já tem uma lista pré-definida de convocadas?
A preparação para o Mundial será feita em Itu-SP, devido à Granja Comary estar em reformas. A lista [para o Mundial] sairá dessas 35 atletas que formarão a primeira lista que a FIFA pede com antecedência. As 23 que viajarão para o Canadá serão escolhidas mais próximas da competição.
E em 2016 tem os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. A seleção vai entrar como favorita, assim como foi no Pan-Americano de 2007, ou apenas brigará para não passar vexame?
Todo esforço e investimento que a CBF tem feito com a Seleção é exatamente para que possamos chegar em condições de igualdade nas Olimpíadas no Brasil. Na escala da FIFA nós estamos em sétimo lugar, por isso o Mundial e o Pan-Americano são importantíssimos para que tenhamos uma experiência real dos nossos adversários.
Por que falta investimento no futebol feminino? Na sua opinião, esse déficit é culpa do Estado? A mídia também tem sua parcela de culpa?
Acredito que todos nós temos uma parcela. O desenvolvimento da modalidade está muito aquém de outros países, onde esta modalidade faz parte do plano de governo, no qual toda a sociedade está envolvida de alguma forma. No sorteio do Mundial no Canadá teve a presença da imprensa de todos países participantes, menos do Brasil. Não existindo divulgação, não atraímos investidores, e a modalidade se torna uma bola de neve. Ainda carregamos boa dose de preconceito que pode ser diminuído com a inclusão nas escolas onde o futebol feminino poderia ser encarado como um esporte qualquer. Enfim, ficaríamos horas discutindo as causas, mas uma coisa é certa é clara: se as providências não forem tomadas com rapidez, o futuro da modalidade estará longe do otimismo.
Qual a avaliação que faz atualmente do grupo da Seleção?
Nós ainda temos grandes atletas, individualmente falando. O que estamos trabalhando é justamente para termos uma equipe taticamente organizada, jogando em alto nível e com intensidade e competitividade nos moldes atuais.
Um sonho que pretende realizar?
Meu sonho é deixar minha colaboração, que no momento é ser campeão, para poder despertar o interesse das pessoas para um melhor desenvolvimento da modalidade.
Para finalizar, deixe um recado para os nossos leitores.
Nós sabemos o quanto é difícil jogar futebol feminino no Brasil, por isso não deixe passar a oportunidade de torcer muito pela seleção feminina. As meninas que representam a Seleção são especiais.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Alejandro Sabella é a melhor opção para o São Paulo
Após a saída de Muricy Ramalho no comando do São Paulo, o clube busca opções para contratar um novo técnico. Por enquanto, Milton Cruz comanda o Tricolor. Nomes já foram citados, como o de Vanderlei Luxemburgo, Abel Braga, Mano Menezes, Leonardo e Alejandro Sabella. É neste técnico que vejo como a melhor opção para o clube paulista.
A diretoria acerta pela primeira vez em querer trazer um técnico estrangeiro. Técnicos brasileiros estão ultrapassados, exceto Tite, que vem reformulando o estilo do Corinthians de jogar. Mas como um todo, eles são parados no tempo. Não buscam um aprofundamento teórico e prático.
Alejandro Sabella tem um currículo invejável. Conquistou com o Estudiantes a Libertadores de 2009, fazendo com que os pincharratas reerguessem o seu quarto troféu em grande estilo.
Dois anos depois, Sabella assumiu a seleção argentina, que comandou até a Copa de 2014, sagrando-se vice-campeão mundial, com um aproveitamento total de 68% a frente da seleção.
Muitos talvez não lembram, mas o argentino já fez parte da comissão técnica de Daniel Passarella na rápida e polêmica passagem pelo Corinthians, em 2005. Era o período da MSI, controlada por Kia Joorabchian. Apesar dos nomes famosos, como Tévez, Roger, Mascherano, a equipe foi mal na temporada.
Perfil vitorioso e estilo comunicativo com os atletas fazem de Sabella a opção mais viável para comandar o São Paulo. Um técnico vibrante, que mexe com a estrutura técnica e tática. Talvez Sabella consiga fazer do Paulo Henrique Ganso - a maior enganação do futebol brasileiro até aqui - um jogador mais participativo e criativo nas partidas.
Não podemos esquecer do elenco do clube. A parte defensiva é a que mais sofre. Paulo Miranda, Reinaldo, Rafael Tolói. Para quem já teve Bellini, Oscar, Dario Pereira e Ricardo Rocha. O elenco é de regular para ruim, verdade seja dita.
Vale aqui citar mais um segmento: prazo. Técnico estrangeiro precisa de prazo para comandar uma equipe brasileira, e isso é algo que a torcida brasileira não espera. Se os primeiros resultados forem ruins, a torcida irá protestar e pedir a demissão imediatamente.
Mas Sabella atende ao desejo de Carlos Miguel Aidar, que sempre quis ter um técnico estrangeiro no comando. A ideia principal era ter o português André Villas Boas, atualmente no Zenit.
Alejandro Sabella tem credibilidade e potencial para dirigir uma equipe brasileira. Um grande nome para resgatar esse grupo, que está desequilibrado.
A diretoria acerta pela primeira vez em querer trazer um técnico estrangeiro. Técnicos brasileiros estão ultrapassados, exceto Tite, que vem reformulando o estilo do Corinthians de jogar. Mas como um todo, eles são parados no tempo. Não buscam um aprofundamento teórico e prático.
Alejandro Sabella tem um currículo invejável. Conquistou com o Estudiantes a Libertadores de 2009, fazendo com que os pincharratas reerguessem o seu quarto troféu em grande estilo.
Dois anos depois, Sabella assumiu a seleção argentina, que comandou até a Copa de 2014, sagrando-se vice-campeão mundial, com um aproveitamento total de 68% a frente da seleção.
Muitos talvez não lembram, mas o argentino já fez parte da comissão técnica de Daniel Passarella na rápida e polêmica passagem pelo Corinthians, em 2005. Era o período da MSI, controlada por Kia Joorabchian. Apesar dos nomes famosos, como Tévez, Roger, Mascherano, a equipe foi mal na temporada.
Perfil vitorioso e estilo comunicativo com os atletas fazem de Sabella a opção mais viável para comandar o São Paulo. Um técnico vibrante, que mexe com a estrutura técnica e tática. Talvez Sabella consiga fazer do Paulo Henrique Ganso - a maior enganação do futebol brasileiro até aqui - um jogador mais participativo e criativo nas partidas.
Não podemos esquecer do elenco do clube. A parte defensiva é a que mais sofre. Paulo Miranda, Reinaldo, Rafael Tolói. Para quem já teve Bellini, Oscar, Dario Pereira e Ricardo Rocha. O elenco é de regular para ruim, verdade seja dita.
Vale aqui citar mais um segmento: prazo. Técnico estrangeiro precisa de prazo para comandar uma equipe brasileira, e isso é algo que a torcida brasileira não espera. Se os primeiros resultados forem ruins, a torcida irá protestar e pedir a demissão imediatamente.
Mas Sabella atende ao desejo de Carlos Miguel Aidar, que sempre quis ter um técnico estrangeiro no comando. A ideia principal era ter o português André Villas Boas, atualmente no Zenit.
Alejandro Sabella tem credibilidade e potencial para dirigir uma equipe brasileira. Um grande nome para resgatar esse grupo, que está desequilibrado.
domingo, 5 de abril de 2015
Seleção brasileira feminina vence jogo-treino contra o São José
A Seleção Brasileira de futebol feminino venceu um jogo-treino contra o time do São José, na tarde deste sábado, no Estádio Martins Pereira, em São José dos Campos, interior de São Paulo. A partida terminou em 2 a 0 para a equipe nacional.
O próximo desafio da seleção é na quarta-feira, dia 8, na Alemanha. O confronto está marcado para às 13h (horário de Brasília).
O período de preparação visa a Copa do Mundo, que será disputada no Canadá, de 6 de junho a 5 de julho. O time comandado por Vadão está no Grupo A, com Canadá, Estados Unidos, Alemanha, França e Japão.
Já o São José, atual campeão do Mundial de Clubes e da Copa Libertadores, prepara-se para o Campeonato Paulista. A estreia é no próximo dia 26, contra o Centro Olímpico, fora de casa.
O jogo
A primeira etapa foi morna. Com muita disputa pela posse de bola e um meio-campo preenchido, nenhuma das duas equipes conseguiram criar boas chances. A única oportunidade clara de gol saiu aos 34 minutos. Cristiane bateu falta com perfeição e abriu o placar para a seleção canarinho.
Na volta do intervalo, Vadão começou a fazer um rodízio de atletas, dando oportunidades para jogadoras jovens e experientes, como exemplo a lateral Maurine. Para esta partida, ele relacionou 22 atletas. Mas pouca coisa mudou. A sintonia era a mesma da primeira etapa. O São José não conseguia passar do meio-campo. Na única oportunidade que teve, Thaís Picarte desperdiçou, parando na goleira Letícia. No final do segundo tempo, aos 43 minutos, Gabi Zanotti ampliou o placar para o Brasil, em gol marcado de cabeça.
Após o jogo, Vadão ressaltou a importância deste jogo para o continuamento do trabalho.
"Foi um jogo bom. Nossas meninas se comportaram muito bem. Agora o nosso foco está na Alemanha. E depois vamos pensar na Copa do Mundo", disse o comandante.
São José: Andrea; Raquelzinha, Bagé, Gislaine, Yasmin; Baiana, Allana, Pepe, Peçanha; Michelle Carioca e Chú. Técnico: Emily Lima.
Entraram: Carlinha, Sandra, Mari, Paulinha, Gabi Ceará, Portilho, Thaís Picarte e Paula.
Seleção brasileira: Bárbara; Fabiana Baiana, Bruna Benites, Mônica, Tamires; Rosana, Formiga, Taísa, Andressa Alves; Gabi Zanotti e Cristiane. Técnico: Vadão.
Entraram: Letícia Izidoro, Maurine, Táila, Érica, Rafaelli, Andressinha, Raquel, Fran e Poliana.
O próximo desafio da seleção é na quarta-feira, dia 8, na Alemanha. O confronto está marcado para às 13h (horário de Brasília).
O período de preparação visa a Copa do Mundo, que será disputada no Canadá, de 6 de junho a 5 de julho. O time comandado por Vadão está no Grupo A, com Canadá, Estados Unidos, Alemanha, França e Japão.
Já o São José, atual campeão do Mundial de Clubes e da Copa Libertadores, prepara-se para o Campeonato Paulista. A estreia é no próximo dia 26, contra o Centro Olímpico, fora de casa.
O jogo
A primeira etapa foi morna. Com muita disputa pela posse de bola e um meio-campo preenchido, nenhuma das duas equipes conseguiram criar boas chances. A única oportunidade clara de gol saiu aos 34 minutos. Cristiane bateu falta com perfeição e abriu o placar para a seleção canarinho.
Na volta do intervalo, Vadão começou a fazer um rodízio de atletas, dando oportunidades para jogadoras jovens e experientes, como exemplo a lateral Maurine. Para esta partida, ele relacionou 22 atletas. Mas pouca coisa mudou. A sintonia era a mesma da primeira etapa. O São José não conseguia passar do meio-campo. Na única oportunidade que teve, Thaís Picarte desperdiçou, parando na goleira Letícia. No final do segundo tempo, aos 43 minutos, Gabi Zanotti ampliou o placar para o Brasil, em gol marcado de cabeça.
Após o jogo, Vadão ressaltou a importância deste jogo para o continuamento do trabalho.
"Foi um jogo bom. Nossas meninas se comportaram muito bem. Agora o nosso foco está na Alemanha. E depois vamos pensar na Copa do Mundo", disse o comandante.
São José: Andrea; Raquelzinha, Bagé, Gislaine, Yasmin; Baiana, Allana, Pepe, Peçanha; Michelle Carioca e Chú. Técnico: Emily Lima.
Entraram: Carlinha, Sandra, Mari, Paulinha, Gabi Ceará, Portilho, Thaís Picarte e Paula.
Seleção brasileira: Bárbara; Fabiana Baiana, Bruna Benites, Mônica, Tamires; Rosana, Formiga, Taísa, Andressa Alves; Gabi Zanotti e Cristiane. Técnico: Vadão.
Entraram: Letícia Izidoro, Maurine, Táila, Érica, Rafaelli, Andressinha, Raquel, Fran e Poliana.
quinta-feira, 2 de abril de 2015
Corinthians joga e vence com propriedade; São Paulo perde devido ao erro defensivo
Foto: Divulgação |
E se o Corinthians faz as melhores apresentações, isso é mérito de Tite. Mesmo com o jogo ganho, ele intensifica os seus jogadores a atuarem mais, a buscarem sempre o gol adversário. Ao contrário do que era visto sob o comando de Mano Menezes. Time sonolento e monótono.
Não importa se é time titular, reserva ou misto. Isso apenas prova que o elenco do Corinthians está pronto para enfrentar qualquer adversário. É soberano contra equipes de grande e menor porte do cenário futebolístico. Joga com propriedade!
O Corinthians era o senhor do jogo e mesmo com os 3 a 0, o time não abdicava do ataque. O Danubio não tinha outra escolha a fazer a não ser se fechar para tentar evitar uma goleada. Pouco adiantou. Guerrero, dono do jogo, fez o quarto do Timão - o terceiro dele na partida.
O Danubio não assustou o Corinthians nenhuma vez. E para ser sincero não assustou nesta Libertadores. Já não tem mais chances de se classificar. Não somou nenhum ponto. Mas pode complicar a vida do São Paulo na próxima rodada, quando se enfrentarão no dia 15 de abril, no Uruguai. No dia 16, o Corinthians encara o San Lorenzo, na Arena Corinthians.
Foto: AFP |
A equipe comandada por Muricy Ramalho começou a arriscar algo que não fazia muito bem nas últimas partidas: trocar passes. A equipe girava a bola. O 0 a 0 era um resultado importante, deixava a equipe com sete pontos e na segunda colocação do Grupo 2. Porém, nenhuma chance clara de gol foi criada.
O San Lorenzo, por sua vez, apostava nos chutões. Em um desses, saiu o gol. Lucão não conseguiu interceptar pelo alto e viu Cauteruccio aplicar um chapéu em Rafael Tolói, invadir a área e bater forte para abrir o placar.
Paulo Henrique Ganso teve uma nova oportunidade. Todavia, não conseguiu corresponder em campo. Lento, sem criatividade, tocando a bola apenas para os flancos. Escondeu-se na partida. Boschilia, jovem garoto da base e que vem entrando em determinados jogos, já é uma opção para substitui-lo.
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