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sábado, 3 de maio de 2014

Vaso sanitário arremessado: não é a primeira vez que isso acontece


Mais um caso de violência mancha a história do futebol. Ontem, após o jogo entre Santa Cruz e Paraná, válido pela Série B do Brasileirão, um vaso sanitário foi arremessado por um torcedor. E o resultado: um torcedor do Paraná morreu. Segundo a Polícia Militar, a vítima foi identificada como Paulo Ricardo Gomes da Silva. Ele vestia uma camiseta preta e é torcedor do Sport, cuja torcida organizada é aliada da uniformizada do Paraná. O agressor ainda não foi identificado.

O objeto foi atirado da parte superior das arquibancadas e caiu perto dos portões 6 e 7, na Rua das Moças, um dos principais acessos ao local. Uma briga entre as torcidas, iniciada após o fim da partida, teria motivado o ocorrido.  

O mais inacreditável é que torcedores que frequentam os estádios de Pernambuco dizem que esse ato de arremesso de vaso é algo comum. Como pode achar normal torcedores carregando um objeto deste porte? Infelizmente é assim: os casos só são repercutidos quando aparecem um morto. É triste, mas é a realidade.

Isso comprova que a torcida organizada só faz mal ao futebol, apesar de algumas ainda fazerem um lindo espetáculo nas arquibancadas. E a punição? Não ocorre. Na Espanha, o torcedor que arremessou a banana no Daniel Alves foi banido nos estádios. E aqui? Bem, aqui as torcidas organizadas ainda são patrocinadas pelos seus times. Inconcebível!

E o surpreendente é que esse caso do vaso sanitário não é o único. Em 2007, na partida entre Santos e São Paulo, um vaso sanitário também foi arremessado. Foi arrancado do banheiro e jogado em direção à torcida do São Paulo. O vaso sanitário não caiu no campo, mas atingiu o piso cimentado do andar térreo do estádio. O torcedor que arrancou o vaso sanitário teve arranhões no braço. 


À época, o presidente alvinegro, Marcelo Teixeira, explicou que a briga foi provocada por integrantes de uniformizadas do Tricolor Paulista, que chegaram atrasados ao estádio e começaram a arrancar faixas santistas. A confusão culminou com o arremesso de um vaso sanitário do setor de numeradas para as arquibancadas aéreas.

O Peixe queria receber pelos estragos feitos nos banheiros, pois considerara que o São Paulo devia ser responsabilizado pelos prejuízos que teriam sido causados por sua torcida.

Após o incidente, a Polícia Militar proibiu que torcida visitante ocupasse o andar térreo da Vila Belmiro. Além disso, a diretoria do Santos cogitou instalar privadas de inox para evitar que fossem arrancadas.

Até quando vai a imbecilidade do homem? Não sabemos. Enquanto não houver punições severas, o ato do mal vai continuar ocorrendo

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