Mais um caso de violência mancha a história do futebol. Ontem, após o jogo entre Santa Cruz e Paraná, válido pela Série B do Brasileirão, um vaso sanitário foi arremessado por um torcedor. E o resultado: um torcedor do Paraná morreu. Segundo a Polícia Militar, a vítima foi identificada como Paulo Ricardo
Gomes da Silva. Ele vestia uma camiseta preta e é torcedor do
Sport, cuja torcida organizada é aliada da uniformizada do Paraná. O
agressor ainda não foi identificado.
O objeto foi atirado da parte superior das arquibancadas e caiu perto
dos portões 6 e 7, na Rua das Moças, um dos principais acessos ao local.
Uma briga entre as torcidas, iniciada após o fim da partida, teria
motivado o ocorrido.
O mais inacreditável é que torcedores que frequentam os estádios de Pernambuco dizem que esse ato de arremesso de vaso é algo comum. Como pode achar normal torcedores carregando um objeto deste porte? Infelizmente é assim: os casos só são repercutidos quando aparecem um morto. É triste, mas é a realidade.
Isso comprova que a torcida organizada só faz mal ao futebol, apesar de algumas ainda fazerem um lindo espetáculo nas arquibancadas. E a punição? Não ocorre. Na Espanha, o torcedor que arremessou a banana no Daniel Alves foi banido nos estádios. E aqui? Bem, aqui as torcidas organizadas ainda são patrocinadas pelos seus times. Inconcebível!
E o surpreendente é que esse caso do vaso sanitário não é o único. Em 2007, na partida entre Santos e São Paulo, um vaso sanitário também foi arremessado. Foi arrancado do banheiro e jogado em direção à torcida do São Paulo. O vaso sanitário não caiu no campo, mas atingiu o piso cimentado do andar térreo do estádio. O torcedor que arrancou o vaso sanitário teve arranhões no braço.
À época,
o presidente
alvinegro, Marcelo Teixeira, explicou que a briga foi provocada por integrantes
de uniformizadas do Tricolor Paulista, que chegaram atrasados ao estádio e
começaram a arrancar faixas santistas. A confusão culminou com o arremesso
de um vaso sanitário do setor de numeradas para as arquibancadas aéreas.
O Peixe queria receber pelos estragos feitos nos banheiros, pois considerara que o São Paulo devia ser responsabilizado pelos prejuízos que teriam sido causados por sua torcida.
Após o incidente, a Polícia Militar proibiu que torcida
visitante ocupasse o andar térreo da Vila Belmiro. Além disso, a diretoria do
Santos cogitou instalar privadas de inox para evitar que fossem arrancadas.
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