Abaixo, você pode conferir mais um pouco da vida e opinião do entrevistado.
Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, quem é Arthur Muhlenberg?
Arthur Muhlenberg: Eu sou carioca, pubicitário e pai de duas garotas. Um torcedor do Flamengo que deu a sorte de ter sido convidado pra fazer o blog do Mengão no portal de esportes mais lido da internet brasileira.
GD: Você é blogueiro do Flamengo no globoesporte.com Como é essa experiência?
AM: Fazer o Urublog é maneiro, porque é uma publicação sem qualquer compromisso com a realidade dos fatos, é um papo de torcedor para torcedores. Como não é um trabalho, uma fonte de renda, acaba sendo uma espécie de lazer. Fico amarradão em escrever sobre o Flamengo e muito mais amarradão em poder ser lido por tanta gente. Tem seus defeitos, claro, os xingamentos e a antipatia gratuita que desperto em muitos leitores não são muito agradáveis, mas também não é o fim do mundo. Blog não é Blíbia nem contrato, é só opinião e quanto mais livre as opiniões melhor pra todos.
GD: Você teve envolvido em uma confusão com um peruano. Como foi essa história?
AM: Esse assunto não me interessa, se voce pular essa pergunta, agradeço.
GD: Você acha que os jornalistas esportivos devem assumir o seu time de coração?
AM: Não acho que um jornalista assumir o seu time de coração vá fazer ele desempenhar melhor as suas funções. Claro que quando o leitor tem essa informação faz uma interpretação diferente do que esse jornalista escreve. Importante é o jornalista ter liberdade e autorização dos patrões pra ser fiel aos fatos.
GD: Quem são os jornalistas e/ou profissionais de comunicação que mais admira?
AM: Cara, pra ler eu curto muito o João Máximo, o Tostão e o Roberto Assaf. Não gosto de narrações nos jogos na TV e só ouço os comentaristas no meio tempo. Meus preferidos são o Ledio Carmona, o Raphael Resende e o Casagrande. E adoro ouvir rádio, gosto de todos aqueles radialistas, mas ultimamente tenho ouvido mais o Penido.
GD: Qual a sua opinião a respeito dos Estaduais? Devem ser ignorados pelos clubes?
AM: Estaduais não precisam ser ignorados, mas encarados como preparação pros campeonatos importantes. Eles tem que se modernizar, com formatos mais interessantes e mais lucrativos.
GD: A cobertura esportiva brasileira é satisfatória? Não faltaria, por exemplo, um pouco mais de jornalismo investigativo?
AM: Eu não leio a crônica esportiva de outros países, só conheço a brasileira e acho satisfatório o trabalho que tem sido feito. Tem de tudo, nego bom e nego horrível, mas é assim também nas editorias de politica, de policia, etc. Não acho que falte jornalismo investigativo, pelo contrário. O que falta é mais critério sobre o que deve ser publicado, muitas vezes o que é pura fofoca é carimbado como jornalismo investigativo.
GD: Aprova a convocação de Scolari para a Copa das Confederações? Faltou algum jogador?
AM: Seleção não é exatamente um dos meus maiores interesses. E me sinto incapaz de dar pitaco na convocação porque a maioria absoluta dos jogadores AAA do Brasil jogam fora e como nao acompanho é impossível palpitar com um minimo de coerência. Se não tem ninguém do Flamengo tô cagando pra seleção.
GD: O que achou da ida de Neymar para o Barcelona? Você acha que Neymar será o melhor jogador do Mundo jogando ao lado de Messi?
AM: Achei normal, o jogador pra crescer hoje em dia tem que ir pra Europa pra jogar com e contra os melhores. Não dá pra saber se Neymar será o melhor do mundo, mas se ele conseguir ser o melhor do Barcelona já terá meio caminho andado.
GD: Para encerrar, o que achou das contratações desse ano? E o que espera da gestão do Eduardo Bandeira de Mello?
AM: Achei as contratações todas mais ou menos, mas com um orçamento mais ou menos é só o que se pode fazer. Tenho grandes expectativas na gestão do Bandeira de Mello e até agora, pelo menos pra mim, tem se confirmado. É muito diferente de tudo que vinha sendo feito no clube nos ultimos anos e muita gente estranha, mas confio no projeto que ele apresentou aos sócios e torço para que ele consiga cumpri-lo ao menos em suas linhas gerais. Acho que esse ano vai ser de grande sufoco, mas se atravessarmos essa tempestade sem rombos no casco um período de bonança nos espera.
GD: Muito obrigado por aceitar a entrevista e participar da mesma. Forte abraço e sucesso.
AM: Obrigado pela entrevista e um abraço pra você e seus leitores
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