O Brasil fez 4 a 0 no Japão e conseguiu a terceira goleada seguida em
um amistoso com o time completo. Mais que isso, a seleção convenceu
diante de um rival mais qualificado que o Iraque e deu força para o novo
esquema de Mano Menezes, agora com Kaká, Oscar, Neymar e Hulk no
comando de ataque.
A vitória no amistoso realizado na Polônia dá um certo alívio para o
treinador, muito pressionado nos últimos tempos pelas más atuações da
seleção. Ao convocar Kaká, ele parece ter encontrado uma forma de
adicionar talento ao meio-campo dando, de quebra, a chance de Neymar
jogar mais tranquilo, sem a pressão de ser a estrela do time.
Na semana passada, o quarteto já havia se destacado na goleada por 6 a 0
sobre o Iraque. Na ocasião, a fragilidade dos rivais tornou difícil a
análise, mas o jogo contra o Japão parece reforçar a sensação inicial de
evolução.
O time asiático hoje tem jogadores em diversos clubes europeus. Kagawa e
Nagatomo, por exemplo, defendem Manchester United e Inter de Milão,
respectivamente. A seleção, por si só, também se destaca. No último fim
de semana, a equipe bateu a França em Paris por 1 a 0, dando mostras de
que poderia ser um rival perigoso para a seleção.
Neymar, Kaká e companhia, no entanto, afastaram a hipótese. Com
bastante movimentação, o quarteto deu trabalho à defesa japonesa,
exceção feita a Oscar, não tão participativo quanto em jogos anteriores.
Por vezes, a mistura ainda teve Paulinho e Ramires, que formaram a
dupla de volantes. Coube ao corintiano, aliás, abrir o placar aos 11
minutos, em um bonito chute de fora da área com o pé direito.
O segundo sairia em um pênalti duvidoso. Aos 20 minutos, Kaká recebeu
de Adriano na área, e viu a bola parar no zagueiro, que fez um corte
pelo chão. O árbitro viu toque de mão no lance, marcou pênalti e Neymar
converteu.
Com a vantagem, o ataque sentiu-se ainda mais confortável para criar e
levar perigo ao Japão. No segundo tempo, Neymar foi às redes de novo.
Logo aos 2 minutos, ele tentou um chute de fora da área e conseguiu o
escanteio. Depois da cobrança, dominou no peito e bateu errado, mas viu a
bola bater em um zagueiro e morrer mansinha no fundo do gol. Kaká
fechou a conta aos 30 minutos ao receber no contra-ataque, driblar o
zagueiro e bater no canto do goleiro rival com categoria.
Em momentos de pressão, a zaga sentiu a falta de entrosamento e se
mostrou um pouco indecisa. Honda e Kagawa, os principais homens
ofensivos dos asiáticos, assustaram a defesa do Brasil. Não por acaso,
Diego Alves foi obrigado a fazer duas defesas importantes só no primeiro
tempo e viu os dois japoneses chegarem perto do gol em momentos
diferentes na etapa final.
Agora, o Brasil ganha força para os próximos compromissos. Em novembro,
a seleção se reúne com todos os jogadores disponíveis para o amistoso
contra a Colômbia, em Nova Jersey, nos EUA. Em 21 do mesmo mês, encara a
Argentina na Bombonera, em Buenos Aires, na revanche do Superclássico
das Américas, desta vez só com atletas que atuam no país.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
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