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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Criciúma vence Boa e reassume liderança da Série B

Apagado na etapa inicial, quando a partida ficou em 1 a 1, Zé Carlos foi decisivo no segundo tempo, ao marcar dois gols. No intervalo, o atacante pedia “inteligência” ao seu time para jogar. “Não podemos carregar a bola num campo assim”, afirmou o artilheiro da Série B, referindo-se ao campo pesado e escorregadio, em função da chuva que caiu antes e durante o jogo. Logo no começo do segundo tempo, o anfitrião abriu o caminho do triunfo.

O primeiro tempo foi equilibrado. Apesar de atuar fora de casa, o Boa Esporte não se limitou a defender. Tanto que a primeira chance de gol foi criada pelo time mineiro, aos 7 min, quando Francismar fez jogada pela esquerda e cruzou, Marcelo Macedo não conseguiu a finalização. O Criciúma tentava impor o mando de campo, mas encontrava dificuldades para superar a forte marcação dos visitantes.

Responsável por 50% dos gols do Criciúma na Série B até o início da rodada, Zé Carlos, que voltou ao time, começou apagado. A primeira participação perigosa do camisa 9 da equipe catarinense foi aos 24 min, quando foi lançado, chegou a driblar o goleiro Zé Carlos, seu xará, mas perdeu o ângulo e permitiu a recuperação da defesa adversária.

O Boa Esporte se fechava e buscava encaixar um contra-ataque, utilizando para isso, inclusive, a saída de bola rápida com os pés pelo goleiro Zé Carlos. Apesar disso, os dois sistemas defensivos, no entanto, levavam vantagem sobre os atacantes adversários. Aos 30 min, em consequência de bola parada, o time da casa abriu vantagem. Após cobrança de falta, o zagueiro Matheus Ferraz cabeceou, de costas, e colocou a bola na rede.

Em desvantagem, o Boa Esporte mudou sua estratégia e partiu para o ataque. Petros quase marcou, aos 35 min, o que só não aconteceu por causa da saída do goleiro Douglas Leite. A situação se inverteu e a equipe catarinense é que passou a recorrer a contra-ataques e quase fez o segundo, com André Gava. Zé Carlos defendeu. Aos 40 min, no entanto, o Boa empatou, também em lance de bola parada, com Vanger, de cabeça.

Matheus Ferraz reconheceu que o Criciúma não fez bom jogo na etapa inicial. “Conseguimos sair na frente, mas tomamos o gol de empate e temos que melhorar para o segundo tempo”, resumiu o zagueiro do time local. O atacante Vanger, ao contrário, aprovou a atuação do Boa, lamentando apenas a concentração de jogadas pelo lado esquerdo do ataque. “Temos de jogar mais pela direita, que é o lado melhor para o Boa”, observou.

O Boa voltou com Jônatas Obina no lugar de Marcelo Macedo, num indício que o time mineiro continuaria adotando a bola cruzada sobre a área adversária. No Criciúma, não houve modificação. Logo na primeira jogada, a 1 min, Zé Carlos acerta chute, após bola rolada por Kleber e desempata. Aos 15 min, Zé Carlos faz grande jogada individual, deixa um marcador caído e ainda passou pelo seu xará, goleiro, antes de colocar a bola na rede.

Tranquilo pela vantagem conseguida, o Criciúma voltou a atuar mais fechado, tentando os contra-ataques e assim criou oportunidades para ampliar o marcador. O Boa não desistiu de atacar e deixou a partida aberta. Aos 32 min, Zé Carlos deu passe para Kleber fazer o quarto gol do Criciúma. Jajá, aos 40 min, e Petros, aos 46 min, descontaram para o Boa, complicando a oitava vitória dos donos da casa, que, apesar do drama inesperado acabou se concretizando.


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