Sem abraços na comemoração do gol (Foto: EFE) |
Depois de 66 dias de paralisação devido à pandemia do coronavírus, o Campeonato Alemão - a Bundesliga - estará de volta. O primeiro jogo será Borussia Dortmund x Schalke 04, às 09h30 deste sábado, 16. Com certeza será a partida mais assistida, por motivos óbvios.
Mas uma série de protocolos precisará ser seguida:
- Serão permitidos apenas 98 funcionários na área do campo. Logicamente, não haverá torcida;
- Até mesmo os mascotes das equipes não serão permitidos;
- Os times estão em isolamento completo, seja em hotéis ou nos centros de treinamentos
E na hora do gol? Nada de abraços. As comemorações precisarão ser bem mais tímidas. Até mesmo a tradicional foto com os jogadores perfilados, o cumprimento entre atletas e arbitragem e a troca de camisas também estão vetadas.
No banco de reservas, todos os jogadores e membros da comissão técnica terão que usar máscara, além de manter um bom distanciamento.
Acabado o jogo, nada de banho nos vestiários. Os jogadores vão embora para suas casas e lavarão seus próprios uniformes.
A ansiedade e a curiosidade aumentam a cada dia para saber se todos essas medidas serão cumpridas. Pensando no comportamento europeu, acredito que não haverá violação por parte dos atletas. O problema é o seguinte: alguém fugirá do isolamento e poderá provocar aglomerações em volta dos estádios?
Enquanto isso, aqui no Brasil, os negacionistas querem a volta do esporte, e o país registra mais de 800 mortes e acumula a marca negativa de sexto com mais número de casos, ultrapassando a própria Alemanha.
Qualquer pessoa com um mínimo de inteligência, consciência e sensibilidade sabe que não há a menor capacidade de retornar o futebol no Brasil. Inclusive, os treinamentos presenciais - o que é um absurdo. Grêmio e Internacional conseguiram manchar suas páginas gloriosas.
Os jogadores precisam entender que eles são vistos como referência para muitas pessoas. Ou seja, se eles saem para jogar uma "peladinha" em Belo Horizonte ou praticar um futevôlei na praia do Rio de Janeiro, eles estão influenciando os demais a tomarem a mesma atitude. Todavia, a recomendação mais dita pelos profissionais da medicina, da ciência é simples: fique em casa.
O negacionismo tem sido o mal do século para os dirigentes que apenas pensam na ganância, no lucro. Enquanto isso, faltam respeito, solidariedade e empatia.
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