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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Resposta à Fábio Porchat

Pela manhã deste domingo, conecto a internet, abro o Twitter e logo de cara me deparo com uma crônica daquele se intitula intelectual Fábio Porchat. Não deve ser levado em conta atitudes ou escritas desse cara. Mas enfim. Como jornalista, fui ler. Ele decidiu falar sobre a relação da torcida com o futebol. E já começa dizendo que torcer para um time de futebol é inútil. Depois ele fala da sua relação com o Vasco. Talvez quisesse se redimir do erro ou da ignorância. Mas não consegue. E piora a situação escrevendo: “Não tem lógica nenhuma torcer que nem um imbecil". Sério, como pode ter esse pensamento arcaico?

Fábio não deve saber o que é futebol. Ou não deve ter a essência e a paixão de torcedor. Tentarei ajudá-lo, apesar de não ser a minha função. Fábio, futebol é uma arte. Estamos falando de um esporte em que o torcedor apaixonado, verdadeiro, assume a posição de técnico e até mesmo de jogador. Ele comparece ao estádio, apoia o seu time do coração, xinga o árbitro, apesar de ser um erro de cultura. Mas, acima de tudo, estamos falando de uma paixão.

Se você é antenado, deve saber da história do garoto Matheus. Ele tem seis anos e sofre de uma doença rara. Torcedor do Cruzeiro, ele é fã do atacante Willian. E tinha um sonho: ter o seu nome gritado no Mineirão. Em um domingo de manhã, o mesmo que eu tive que perder o meu tempo lendo a sua crônica, o Cruzeiro  e os torcedores prepararam uma linda recepção ao menino.

“Olê, olê, olê, Matheus, Matheus” foi um dos gritos que embalaram a entrada de Matheus no gramado do Mineirão. A emoção tomou conta de todos que estavam presentes no estádio. Durante o Hino Nacional, ele ficou abraçado ao atacante que vem sendo o destaque do Campeonato Brasileiro.


Ana Cândida de Oliveira Marques. Sabe a quem me refiro? Ela é uma senhora de 94 anos e é uma personagem ímpar na torcida do Atlético Mineiro. Conhecida como Vovó do Galo, comparece a todos os jogos do time de coração.

Futebol tem disso. Tem essa capacidade de hipnotizar, contagiar. O tempo não é um empecilho para o torcedor exercer a sua função, paixão.

Além de arte, futebol é cultura. Saiba que o Campeonato Brasileiro tem 20 times. E não trinta e sete conforme você escreveu em seu artigo.

Só quem tem dedicação, apreço, zelo, paixão e compromisso verdadeiro com o time, indo ao estádio tanto na fase boa quanto na fase ruim, pode comentar sobre algo. Esta é a minha resposta.

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