Pages

sábado, 28 de novembro de 2015

Carreira, seleção brasileira e lado cronista: entrevista com Chico Garcia

Francisco Garcia Borges. Ou simplesmente Chico Garcia. O moço que começou na rádio da LBV em Porto Alegre e que hoje figura como um dos principais nomes do jornalismo esportivo do Brasil. Chico nasceu no dia 1º de setembro de 1981, em Porto Alegre. Atuou como produtor e comentarista de arbitragem na Rádio Gaúcha. Atualmente, faz parte do time de debate do Jogo Aberto e apresenta Os Donos da Bola para os gaúchos.

Em entrevista ao Blog do Gabriel Dantas, o jornalista comenta sobre o início da carreira, fala de Tite e seleção brasileira e aponta as inspirações de seus textos em seu blog.

Para os futuros leitores, quem é Chico Garcia?
Jornalista diplomado, pós-graduado em Jornalismo Esportivo, árbitro formado pela FGF (Federação Gaúcha de Futebol) para exercer a função de comentarista de arbitragem, coordenador de esportes da Band TV-RS, radialista, apresentador, repórter e comentarista. Escritor de um blog que fala de relacionamentos e autor do site e do canal no youtube Sexo, Amor e Crônicas.

Fale sobre o começo da sua carreira
Foi na RGS 1300 AM, rádio da LBV em Porto Alegre. Bati lá e pedi uma chance. Eles fizeram um teste comigo e me deixaram acompanhar o programa esportivo, as jornadas. Aos poucos fui ganhando oportunidades e quando vi estava fazendo a linha de frente. Foi a minha escola.

Quais são as suas referências no jornalismo esportivo?
Luciano do Valle sempre foi referência. Atualmente Renata Fan, Fabiano Baldasso, Tiago Leifert e Tadeu Schmidt. Entenderam as transformações da profissão.

Qual das transmissões mais te realizou profissionalmente?
A Copa do Mundo de 2014, onde fazia links ao vivo para toda a programação da Band em frente ao Beira-Rio e depois com a cobertura nos estúdios  da Band em São Paulo.

Como foi a transação de repórter para apresentador?
Na verdade sigo repórter, mas de forma esporádica. Foi um conjunto de fatores, uma necessidade da empresa, uma vontade minha e acabou acontecendo.

Você tem curso de arbitragem. O que te motivou a fazer? E como você vê o atual momento dos árbitros em geral, no Brasil?
Fiz por um pedido da Rádio Gaúcha na época para me tornar comentarista de arbitragem. Acho que falta uma política de gestão mais adequada para os árbitros. Vivemos um momento delicado e não há preparação.

Qual a importância de participar de um programa tão importante como o Jogo Aberto?
Foi a melhor coisa que me aconteceu em termos profissionais. É uma diversão, me sinto feliz fazendo (parte do programa). É maravilhoso, colho muitos frutos por conta disso, com um alcance espetacular. Recebo mensagens de gente de todo país.

E as discussões entre o Denilson, Ronaldo Giovaneli e Heverton Guimarães?
Faz parte do show. A gente se adora, temos m grupo no WhatsApp, saímos pra jantar. Há um carinho muito grande entre todos. Mas na hora a gente debate forte por conta das ideias.

Como você analisa o trabalho de Dunga na seleção brasileira? Você acredita que o nosso futebol voltará ao seu lugar de destaque?
Não gosto do nome do Dunga. Acho ele pouco atualizado para as ideias do futebol atual. Infelizmente não vejo o Brasil atingindo um patamar mais elevado. Apesar de termos Neymar, o futebol de hoje é coletivo e não vai se sustentar com apenas um jogador. Muita coisa precisa mudar.

Qual a análise que você faz da dupla Gre-Nal em 2015?
O Internacional teve um ano acidentado, mas ainda assim construiu bons resultados. Chegou na semifinal da Libertadores, mesmo perdendo vários jogadores por lesão, depois atravessou um momento conturbado de erros da direção como a troca de técnico em um momento inoportuno, ou então de não verificar o problema da preparação física. No segundo semestre, seguiu perdendo atletas e ainda assim tem resultados. Não vejo como um ano catastrófico, mas a direção cometeu muitos erros. O Grêmio demorou a perceber que Felipão não se enquadrava no perfil que o clube precisava e conseguiu resultados surpreendentes, especialmente pelo trabalho do técnico Roger. Não ganhou nada, é verdade, mas chega com moral para o ano que vem depois da brilhante campanha no Brasileiro.

Tite é o melhor técnico do Brasil?
De longe. Ele sobra no aspecto motivacional, tático, na condução de um grupo. Está muito à frente dos demais.

Recentemente, tem-se comparado o futebol do Corinthians com o do Barcelona. Você considera um exagero? Por quê?
Não é questão de exagero, acho a movimentação diferente. Se for na proporção em relação aos outros times do Brasil até entenderia e mesmo assim não acho certo, pois o Barcelona tem três individualidades geniais, e o Corinthians tem como destaque o grupo.

Quem ganha a Copa do Brasil?
Acredito que o Santos, que tem jogado um futebol brilhante efetivo, mas terá dificuldades, pois o Palmeiras oscila, mas tem bom técnico. E num clássico as coisas se equilibram.

Você é uma figura importante nas redes sociais. Como lida com os elogios e críticas?
Simplesmente entendi que quanto mais seguidores a gente tem, mais atingimos pessoas que vão gostar do nosso trabalho e que vão nos atacar por algum motivo. Não dou bola, procuro aprender na crítica que não é ofensa e adoro os elogios. Serve como um bom termômetro, mas não pode determinar 100% das minhas ações.

Além do Chico Garcia jornalista, tem o lado blogueiro. De onde vem a inspiração para escrever crônicas? Em quem você se inspira?
Nas minhas experiências pessoais, nas histórias de amigos, pessoas conhecidas e um pouco do que observo. Sempre fui muito ouvinte, observador e tive uma capacidade de transformar histórias em palavras. Resolvi colocar isso em prática.

Pretende escrever um livro?
Sim, deve sair do papel no início do ano que vem. O projeto já está em andamento.

No atual jornalismo, são muitos os que exercem a função sem diploma e com falta de credibilidade. Você é a favor do diploma para a atuação? E qual a importância da fonte na hora de divulgar uma notícia?
Defendo sempre o diploma, pois a faculdade nos dá a teoria e os ensinamentos do valor-notícia, credibiliza o papel do jornalista. Mas reconheço que na nossa profissão, não é tudo. Além disso, é preciso prática, discernimento na hora de comunicar. Muitos jornalistas formados são maus profissionais e alguns que não se graduaram entendem bem o ritmo da profissão. Não tenho preconceitos, mas defendo o diploma. Hoje qualquer um é fonte, então é preciso muito cuidado e aí entra o jornalista. Filtrar tudo que chega averiguar a veracidade e ter cuidado. Se hoje qualquer um é fonte ou jornalista por ter uma rede social, mais se faz necessária a função de um jornalista de fato e de direito.

Deixe um recado para seus fãs e para quem deseja ser jornalista como você
Muito obrigado pelo carinho. Nossa profissão não é fácil e vive um momento turbulento e de transformação, mas acredito que os novos profissionais tem mais chances de se adaptarem às novas mídias do que os atuais do mercado. Muitos ficarão para trás. A hora é de vocês, aproveitem isso!

domingo, 22 de novembro de 2015

Futebol Europeu: A incrível campanha do Leicester; e Rafa Benítez pode repetir o caminho de Luxemburgo

O torcedor, de forma geral, se tivesse que apostar em um clube inglês, em qual jogaria suas fichas? Chelsea, Manchester United, Manchester City ou Arsenal. Mas uma equipe vem chamando a atenção e é destaque da atual temporada inglesa. O Leicester. Sim, o clube modesto, que amargou a lanterna na temporada 2014/2015 e sofreu para não ser rebaixado.

Até agora, foram 13 rodadas disputadas. São oito vitórias, quatro empates e apenas uma derrota - para o Chelsea. Robert Huth, Riyad Mahrez e Jamie Vardy são os grandes destaques do The Foxers. Vardy tem uma história interessante. Ele foi operário. E tornou-se o primeiro jogador a marcar em 10 jogos consecutivos na Premier League. A equipe venceu, neste sábado, o Newcastle por 3 a 0, mesmo jogando no St. James Park. O próximo compromisso será no dia 28, contra o Red Devils, vice-líder, com um ponto a menos - 27.

É uma equipe que faz a lição de casa e implanta o melhor futebol no Campeonato Inglês. O pesadelo do atual campeão permanece. Manchester United e Manchester City oscilam, enquanto que o Arsenal corre por fora, juntamente com o Tottenham. São 71,8% de aproveitamento e o melhor ataque na competição - 28 gols marcados. Surpreendentes números que comprovam o feito histórico da equipe.

Rafa Benítez e o caminho do futuro:

As péssimas atuações do Real Madrid no Campeonato Espanhol têm nome e sobrenome: Rafa Benítez. O comandante veio para assumir a vaga de Carlo Ancelotti, que foi demitido de forma surpreendente. E os números não são bons. A equipe vem de duas derrotas seguidas - para o Sevilla (3 a 2) e Barcelona (4 a 0). O duelo deste sábado foi a ponta do ice berg para a confirmação: os jogadores não gostam do estilo de atuação do treinador espanhol. Quando se tem um técnico experiente, campeão mundial, não se manda embora. Recupero um post que fiz em junho de 2015 sobre a injustiça que ocorreu. Clique aqui.

E o caminho de Benítez pode ser o mesmo de Vanderlei Luxemburgo. Até hoje, busco explicações sobre ele ter sido treinador do clube merengue em 2005. A demissão de Luxemburgo no time espanhol aconteceu após uma vitória diante do Getafe por 1 a 0 pelo Campeonato Espanhol. Mas, duas semanas antes desse duelo, os comandados de Luxa foram derrotados pelo Barcelona, perdendo por 3 a 0, o que acarretou críticas ao seu método de trabalho e insatisfação. Foram cinco competições disputadas e nenhum título conquistado.

O próximo desafio de Benítez será armar um Real ofensivo e preciso para conquistar a vitória diante do Eibar, fora de casa. O time está na sétima posição e luta por uma vaga à Liga Europa. Já os madrilenhos ocupam a segunda colocação, com 24 pontos somados - seis a menos que o líder e rival Barcelona. A pressão é grande. Até o presidente Fiorentino Pérez vem sendo alvo. Não é o Getafe de 10 anos atrás, mas pode ser a mesma pedra no sapato. E is famosos panos brancos podem ser novamente balançados como sinal de protesto.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O comportamento petulante de Neymar e a falta de seriedade da CBF

Neymar tem um temperamento digno de um jogador que não sabe perder. Ele é muito talentoso, não tenho dúvidas disso. Acho que ninguém tem. Mas a pessoa Neymar precisa de uma mudança rápida e pontual. Há dois tipos do camisa 10: no Barcelona (vestindo a 11), ele aceita os recados e as ordens ditas e propagadas pelos árbitros. Afinal, ele tem experiência ao seu lado, casos de Messi, Iniesta e Piqué. Na seleção brasileira (com a camisa 10), é mimado, irritante.

O comportamento dele contra a Colômbia, em jogo válido pela Copa América, é um dos exemplos. Partiu para cima do árbitro. Quis ser o capitão. Não é e nem merece ser. Ele já foi alvo de críticas do treinador do Celtic - Nell Lennon - por conta de ter exagerado em algumas faltas. A simulação se faz presente no estilo dele. E ninguém vai mudar. Está perdido.

Ontem, contra o Peru, Neymar não jogou absolutamente nada. Foi anulado pelos defensores peruanos. Foi exemplar o comportamento deles. E ainda conseguiram arrancar um cartão amarelo para o atacante. Desequilibrado, ele discutiu com o árbitro José Hernando Buitrago durante os 90 minutos. Atitude irresponsável. Talvez tenha pensado que era amistoso, pelada de fim de ano. Xingou o juiz e para amenizar o clima, ofereceu sua camisa ao colombiano que apitava sua última partida como juiz da Fifa. Experiente, fez um golaço. Recusou o presente.

O jogador ficou sem graça, constrangido. Ainda bem. Ele precisa de um choque para ver se acorda e possui uma melhora em seu comportamento. Isso apenas comprova o quanto essa seleção é medíocre, fraca, tanto psicologicamente quanto tecnicamente. Apenas o Renato Augusto se destacou nesse jogo medonho e fatídico.

Que a CBF, "presidida" pelo Marco Polo Del Nero tome providências. Neymar não é mais um menino. É pai, deveria ter consciência e respeito. Mas ainda tem pensamento de um menino de sete anos. E que Dunga e Gilmar Rinaldi, experientes e ultrapassados, possam deixar de legado o valor humano. A CBF não é séria. Neymar, muito menos.

domingo, 15 de novembro de 2015

Categorias de base do Santos é destaque no futebol paulista; veja números

Trabalho, estrutura, inovação. É assim que o Santos reformulou o seu futebol na base. A equipe vai além de Pelé ou Neymar. As categorias sub-11, sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20 escreveram uma história única e com destaque no futebol paulista. Todas essas se classificaram para as finais.

Neste domingo, pela manhã, o sub-11 da Vila Belmiro empatou com o Palmeiras, e não ficou com o título. Mero detalhe. O Santos é a maior fábrica de talentos. Por isso chega forte para as competições. E isso merece ser destacado.

Pelo sub-13, o Alvinegro poderia até empatar contra o Corinthians, para ser campeão. Porém, a equipe não deu chances e goleou por 4 a 0. No sub-15, os novos Meninos da Vila venceram o Red Bull Brasil por 2 a 1, no CT Rei Pelé. Avançaram para a final e enfrentam o Audax Osasco. Primeira partida acontece no próximo sábado, 21.

O sub-17 do Santos venceu, de virada, o Corinthians por 2 a 1, e também chegou à final. O primeiro jogo da decisão também acontece no sábado, 21. O Peixe enfrenta o São Paulo.

No sub-20, mais um confronto entre Santos e Corinthians. O time da Baixada Santista passou pelo Red Bull Brasil nesse sábado. A vitória por 1 a 0 coloca a equipe praiana frente a frente com o Corinthians, que eliminou o Flamengo-SP.

Se todos os clubes fizessem a mudança que o Santos teve, o futebol da base seria mais valorizado. Não tenha dúvidas disso. Hoje são 150 profissionais cuidando da garotada. Trabalho com atenção. Creio que hoje o Santos seja o clube a se espelhar nesse aspecto de formação de jogadores.

Veja números do Santos nas categorias de base:

Sub-11: 

Jogos: 22
Vitórias: 15
Empates: 5
Derrotas: 2
Gols marcados: 42
Gols sofridos: 5
Saldo: +37

Sub-13:

Jogos: 22
Vitórias: 16
Empates: 6
Gols marcados: 58
Gols sofridos: 7
Saldo: +51

Sub-15:

Jogos: 30
Vitórias: 22
Empates: 6
Derrotas: 2
Gols marcados: 79
Gols sofridos: 14
Saldo: +65

Sub-17:

Jogos: 30
Vitórias: 21
Empates: 4
Derrotas: 5
Gols marcados: 82
Gols sofridos: 27
Saldo: +55

Sub-20:

Jogos: 28
Vitórias: 19
Empates: 6
Derrotas: 3
Gols marcados: 67
Gols sofridos: 10
Saldo: +57

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Resposta à Fábio Porchat

Pela manhã deste domingo, conecto a internet, abro o Twitter e logo de cara me deparo com uma crônica daquele se intitula intelectual Fábio Porchat. Não deve ser levado em conta atitudes ou escritas desse cara. Mas enfim. Como jornalista, fui ler. Ele decidiu falar sobre a relação da torcida com o futebol. E já começa dizendo que torcer para um time de futebol é inútil. Depois ele fala da sua relação com o Vasco. Talvez quisesse se redimir do erro ou da ignorância. Mas não consegue. E piora a situação escrevendo: “Não tem lógica nenhuma torcer que nem um imbecil". Sério, como pode ter esse pensamento arcaico?

Fábio não deve saber o que é futebol. Ou não deve ter a essência e a paixão de torcedor. Tentarei ajudá-lo, apesar de não ser a minha função. Fábio, futebol é uma arte. Estamos falando de um esporte em que o torcedor apaixonado, verdadeiro, assume a posição de técnico e até mesmo de jogador. Ele comparece ao estádio, apoia o seu time do coração, xinga o árbitro, apesar de ser um erro de cultura. Mas, acima de tudo, estamos falando de uma paixão.

Se você é antenado, deve saber da história do garoto Matheus. Ele tem seis anos e sofre de uma doença rara. Torcedor do Cruzeiro, ele é fã do atacante Willian. E tinha um sonho: ter o seu nome gritado no Mineirão. Em um domingo de manhã, o mesmo que eu tive que perder o meu tempo lendo a sua crônica, o Cruzeiro  e os torcedores prepararam uma linda recepção ao menino.

“Olê, olê, olê, Matheus, Matheus” foi um dos gritos que embalaram a entrada de Matheus no gramado do Mineirão. A emoção tomou conta de todos que estavam presentes no estádio. Durante o Hino Nacional, ele ficou abraçado ao atacante que vem sendo o destaque do Campeonato Brasileiro.


Ana Cândida de Oliveira Marques. Sabe a quem me refiro? Ela é uma senhora de 94 anos e é uma personagem ímpar na torcida do Atlético Mineiro. Conhecida como Vovó do Galo, comparece a todos os jogos do time de coração.

Futebol tem disso. Tem essa capacidade de hipnotizar, contagiar. O tempo não é um empecilho para o torcedor exercer a sua função, paixão.

Além de arte, futebol é cultura. Saiba que o Campeonato Brasileiro tem 20 times. E não trinta e sete conforme você escreveu em seu artigo.

Só quem tem dedicação, apreço, zelo, paixão e compromisso verdadeiro com o time, indo ao estádio tanto na fase boa quanto na fase ruim, pode comentar sobre algo. Esta é a minha resposta.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Corinthians garantiu o hexacampeonato

O Corinthians é o campeão do Brasileirão 2015. Fato. E merecidamente. As próximas rodadas serão apenas para formalizar aquilo que já está escrito. É um carimbo na faixa. Sexto título brasileiro. E não adianta tentar desmerecer a qualidade, o talento, a disciplina do excelente time montado pelo técnico Tite.

Neste domingo, não tomou conhecimento do Independência. A partida deveria acontecer no Mineirão. Seria mais apropriado para um clima de decisão de campeonato. O Atlético-MG tentou utilizar a força do 'Eu Acredito' e de sua torcida. Aliás, vale um adendo: que comportamento infantil de alguns imbecis. Cuspir no técnico Tite é mais uma prova real de que a humanidade deu errado.

Pronto. Voltando ao embate. O Corinthians aplicou um nó tático. Troca de passes em velocidade, jogadas por todos os setores do campo. E mesmo com peças limitadas, casos de Edílson e Guilherme Arana, o Corinthians provou que tem um elenco que consegue refletir em campo o brilhantismo que é visto nos treinos.

Colocar o título do Corinthians na conta da arbitragem é mais um erro. Todos os clubes foram beneficiados pela corte. Afinal, o nível aqui é pífio. O Corinthians não se importou com ela. Fez sua parte nas quatro linhas. E o prêmio está aí.

O próximo confronto é contra o Coritiba, em Itaquera. Uma vitória simples e um tropeço do Galo diante do Figueirense serão suficientes para carimbar o ano 2015 na faixa. Caso o time mineiro ainda consiga um resultado positivo, a comprovação fica para a próxima rodada. Vitória contra o Vasco, em São Januário, já é suficiente para gritar 'É campeão!!'. Independentemente da vitória do Atlético-MG contra o São Paulo.

Resultado incontestável diante de toda sua superioridade. E não foi apenas ontem. Foi em todo o campeonato. Quando o primeiro turno terminou, a diferença do time paulista para o mineiro era de quatro pontos. Hoje, é de 11. Isso são apenas alguns números. Confira outros.

Melhor ataque: 61 gols
Melhor defesa: 25 gols
Maior saldo de gols: 36
Desempenho em casa: 89,58%
Desempenho fora de casa: 58.82%

Campanha no turno: 40 pontos - 19 jogos (12 vitórias, 4 empates e 3 derrotas)
Campanha no returno: 33 pontos - 14 jogos (10 vitórias, 3 empates e 1 derrota)

Melhores em 10 rodadas: 23 pontos
Rodadas no G-4: 25
Rodadas na liderança: 17

Segunda maior invencibilidade no campeonato: 7 rodadas

Faltando 5 jogos para terminar o campeonato, o Corinthians soma 73 pontos. O Cruzeiro, campeão da edição anterior, terminou com 80 pontos somados. São 15 pontos possíveis. Impossível não pensar que o Timão passe essa marca.

Quando foi campeão em 2011, o Corinthians somou 71 pontos. Incrível. Em 2005, quando o formato do campeonato era diferente e contava com 22 clubes, o time conquistou 81 pontos.

E o técnico Tite foi capaz de transformar o elenco em situações apertadas e conturbadas. Quando ocorreu a eliminação para o Tolima, ele continuou e foi premiado com o título nacional de 2011. O mesmo acontece após quatro anos. Eliminação vexatória para o Guarani, do Paraguai. Salários atrasados, divisão no elenco. Tite segura a bomba e consegue mais um título em sua carreira.

O resultado de ontem e os números comprovam que o Corinthians é o campeão deste ano. Justamente.