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segunda-feira, 29 de junho de 2015

Seleção brasileira e o torcedor

É um patrimônio do povo. O futebol está no sangue, na alma.

O brasileiro gosta de reproduzir a ideia de que temos o melhor futebol do mundo.

Em meio às críticas e aos escândalos, sempre há torcedor com a camisa amarela no peito.

Há o torcedor que viaja para acompanhar a seleção.

Há o torcedor que não perde sequer um jogo.

Pode ser contra a Espanha, Itália, Angola ou Emirados Árabes. Não importa.

Pode ser às 22h de uma quarta-feira. Pode ser às 05h de um sábado. Não importa.

Há o torcedor.

A vinculação do brasileiro ao futebol surge como uma tradição impulsionada pela família.

Mas muita coisa mudou.

Antes, eram homens engravatados indo ao estádio. Mulheres, com vestidos elegantes.

Esporte elitista. Hoje não mais. Atingiu o povo.

O povo da camisa amarela.

Os únicos engravatados são os chefões da sujeira. Sugam o dinheiro. Pensam neles próprios.

Jogadores. Ah, jogadores!!

Bate um saudosismo.

Bellini, Djalma Santos, Zito, Tostão, Pelé, Sócrates, Zico, Careca, Romário, Ronaldo.

Talentosos. Jogadores que colocavam medo nos adversários. Cada um em sua época determinada.

Hoje é um marasmo.

Douglas Costa, Fred, Roberto Firmino, Thiago Silva, David Luiz. Nossa, dá ânsia.

Vexame na Copa do Mundo. Aqui, em nossa terra. Klose manda saudações e dois gols.

Muda-se o comando técnico. Mas não muda o comportamento da entidade esdrúxula que comanda,

Dinheiro, dinheiro, dinheiro. Não é para investimento no futuro. E sim no bolso. Na poupança.

Sai ano, entra ano. Tudo a mesma coisa. Ou até para pior.

Veio a Copa América. Primeiro teste de fogo. Bota mais um vexame na conta, garçom.

Eliminado contra o Paraguai. Melhor assim. Enfrentaríamos a Argentina. Seria pior, humilhante.

Pênaltis na lua. Fora da Copa das Confederações de 2017. Que coisa!

Safra fraca! Não temos jogadores bons! E quando temos um que pode nos salvar, ele apronta.

É preferível torcer para clubes. Provoca maior apelo e interesse. Mais paixão.

A seleção causa desânimo, sono. Apatia. Sentimento da cor amarela.

Mas sempre há o torcedor que usa. Não importa o momento.

O torcedor corneta, xinga. Mas vibra com um gol aos 47 minutos.

O torcedor apoia, quer ser forte, vibrante. Entretanto, chora quando é goleado nas duas últimas partidas.

O torcedor é contra a CBF. Mas veste a camisa amarela com o emblema da entidade nas manifestações.

Vai entender. O torcedor é demais.

E sempre usará a camisa amarela e apoiará a seleção, mesmo em meio às críticas, aos escândalos e às burrices de técnicos e assistentes.

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