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quinta-feira, 19 de junho de 2014

O futebol ofensivo está de volta

O processo ofensivo é um grande momento ou uma das duas formas gerais para fazer a leitura do jogo, permitindo a cada equipe saber em que momento deve realizar determinada movimentação. Cada treinador define como a equipa levará a bola para a frente, como a colocará na área e como vai tentar rematar a bola.

Há um tempo discutia-se sobre uma possível queda do futebol ofensivo. Para ficar mais evidente, cito dois exemplos: Espanha e Holanda. A Fúria foi eliminada ontem da Copa do Mundo precocemente. Em dois jogos (ainda irá jogar contra a Austrália na segunda-feira), a seleção fez apenas um gol. A evidência dessa pobreza de gols ocorre pelo seu futebol burocrático. Entre 2008 e 2012, a seleção comandada por Vicente Del Bosque ganhou tudo que podia (2 Euros e 1 Copa do Mundo). Ano passado, na final da Copa das Confederações, contra o Brasil, a seleção espanhola levou um chocolate brasileiro, e ali estava expresso que o seu futebol baseado no tiki-taka estava acabado. 

O segundo exemplo é a Holanda. Após ficar em segundo na Copa do Mundo de 2010, perdendo justamente para a Espanha, Louis Van Gaal mudou o comportamento tático da equipe e renovou sua seleção. Dos 23 convocados para esta Copa, apenas 6 estavam na África. Nesta Copa do Mundo, em dois jogos (ainda falta jogar contra o Chile também na segunda-feira), a seleção fez 8 gols, mesmo número de gols marcado pela Espanha na Copa passada. Destes 8 gols, 5 foram marcados contra a mesma Espanha, na primeira rodada do Grupo B. Duas seleções que agem de forma diferente. 

Durante o processo ofensivo, perseguir este objetivo, que é a procura de gols, é a tarefa mais importante de qualquer jogador, e cada um deve esforçar-se por cumpri-la com o maior empenho e frequência possíveis, mas sempre dentro da sua função. O maior erro de um jogador é dirigir-se em direção ao alvo se esta não for a sua função, como por exemplo o lateral Alba da seleção espanhola que estava na grande área ontem contra o Chile. 

Agora, explico por quê desse título do post de hoje. Nesta Copa, já foram realizados 20 jogos e foram marcados 60 gols, uma média de 3 por partida. Essa média já é a maior do que as Copas de 1958 a 2010; ou seja, 14 edições de Copa. É claro que ainda faltam 44 jogos para que esta edição acabe, mas é um dado importante a ser divulgado e compilado. A pior Copa em se tratando de gols foi a de 1930 e 34, quando apenas tiveram 70 gols. Em relação à média de gols, a pior Copa foi a de 2010. Em 64 jogos, foram 145 gols, uma média de 2,26 gols/partida.

A primeira rodada do torneio teve 49 gols chegando a uma média de 3,1 gols por partida. Essa média faz o mundial do Brasil superar a Copa do Mundo na Suécia em 1958. Apenas nos primeiros oito jogos foram marcados 28 gols. Na Copa da África do Sul, foram marcados 13.

É baseado em números, embora particularmente não goste, que esta Copa tem tudo para superar o número de gols marcados na Copa de 1998 (171).

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