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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Entrevista com William Tavares

Com muita honra, realizo mais uma entrevista com grande nome da TV fechada. O entrevistado desta vez é William Tavares, dos canais ESPN.

Formado em 2005, William Tavares é apresentador, narrador, produtor e locutor nos canais ESPN e ESPN Brasil e na rádio Estadão/ESPN. Seu primeiro estágio foi no primeiro ano da Faculdade. Desde então William passou por várias experiências. Passou pela TV Tribuna, afiliada da Rede Globo de Santos e região, Record, Santa Cecília TV, TV Primeira e rádios Cacique e Litoral.

Abaixo, você pode conferir um pouco mais sobre William Tavares.

Gabriel Dantas: Para os futuros leitores, quem é William Tavares?
William Tavares: William Tavares é jornalista formado ha 8 anos. Tenho 35 anos e sou de Santos, litoral de São Paulo. Estagiei e trabalhei lá até meus 33 anos. Passei pela TV Tribuna, afiliada da TV Globo, Record, Santa Cecília TV, TV Primeira e rádios Cacique e Litoral. Fui produtor, editor de texto, repórter, apresentador e editor chefe. Sempre procurei conhecer e atuar em todas as funções para nunca me faltar mercado. Sou apaixonado por cinema, amor que rivaliza com o que tenho por esportes.

GD: Em que época de sua vida, decidiu se tornar jornalista?
WT: Em 2001 tomei a decisão. Tinha dúvidas entre jornalismo e cinema. De tanto assistir o Linha de Passe na ESPN e acompanhar a programação do canal, me senti influenciado a escolher o jornalismo. Tenho uma família louca por futebol e o caminho para os cineastas no Brasil é mais incerto.

GD: Você acha que o profissional esportivo deve citar o time que torce?
WT: Não há, nem deve haver uma regra para isso. Alguns se preocupam que esse tipo de posicionamento possa comprometer a credibilidade junto a audiência. Outros se preocupam com a integridade física. Hoje em dia é muito fácil um grupo de marginais te dar uma surra na rua ou no metrô porque você torce para o principal rival dele. É uma estupidez, mas infelizmente é a realidade. Eu particularmente respondo a verdade sempre que perguntado.

GD: Quem são os jornalistas e/ou profissionais de comunicação que mais admira?
WT: Falar dos profissionais da ESPN é chover no molhado. Imagine o nível de admiração que tenho pelos profissionais de um canal que influenciou minha escolha profissional! Por isso, para não puxar sardinha para o meu lado, vou falar de companheiros de outros veículos de comunicação. Pra mim o melhor narrador da história se chama Osmar Santos. É um mito. Uma pena que tenha sofrido o acidente. Seria gigante até hoje. Gosto muito do Casagrande nos comentários assim como gostava do Falcão também. Mauro Beting é outro comentarista que admiro demais. Na TV entendo que a Globo tem dois grandes narradores: Milton Leite e Luiz Roberto.

GD: Qual foi o momento mais importante que já presenciou na sua carreira?
WT: Que eu tenha presenciado in loco entendo que o mais importante foi o US Open de tenis em 2012. Estava com Fernando Meligeni e com a repórter Marcela Rafael em Nova York além de uma equipe espetacular. Foi quando o britânico Andy Murray venceu o primeiro torneio Grand Slam da carreira dele. Uma grande final contra Novak Djokovic que durou quase cinco horas.

GD: Mudando de assunto, como você analisa a nossa atual Seleção? Felipão é o técnico ideal?
WT: Felipão está anos luz de ser o técnico ideal. Foi uma opção pragmática e conservadora. Acreditar que o brilho do passado pode ter algum resultado no presente. Isso vale pra quem tem a mente aberta, se atualiza, busca a todo momento estar antenado com os avanços do futebol. Felipão é um homem preso a conceitos superados e ideais extra campo, aquela coisa da família, sabe? É, no mínimo, contraproducente para o futebol brasileiro esse tipo de opção. Não pensamos a longo prazo, somos imediatistas. Felipão é essa opção para a urgência. A Copa 2014 não deixará nenhum legado para o nosso futebol, nenhuma novidade. O trabalho com Mano caminhava para algo maior, a longo prazo. Preferia Guardiola, mas a arrogância de não aceitar alguém de fora dando palpites ou comandando o futebol cinco vezes campeão do mundo falou mais alto.

GD: Gostava do estilo de treinar a equipe de Mano Menezes?
WT: Acho que a resposta anterior já completa essa.

GD: Tite é o melhor treinador na atualidade?
WT: No Brasil, sem dúvida. Tem todos aqueles requisitos que eu citei na resposta seis. Além disso tem habilidade em lidar com o grupo. É justo, por isso não é questionado. Sabe lidar com a pressão e não se deixa influenciar por ela. Lê bem o jogo, analisa o adversário, não entra de salto alto. É um cara que estuda, vive, respira futebol.

GD: O que você pensa a respeito de José Maria Marin, Presidente da CBF?
WT: Sujeito controverso, de passado político questionável, não tinha nenhuma ligação com futebol. Não passa credibilidade, está envolvido em situações constrangedoras e que causam repúdio. Meu medo é quem entra se ele sair. Não há opções dignas. Estamos reféns de pessoas que eu não votaria nem para síndico do meu prédio.

GD: Qual é o principal fator que diferencia o futebol espanhol do nosso?
WT: Quando falamos de futebol espanhol estamos falando de Barcelona, certo? É a base da seleção tanto em jogadores quanto em estilo de jogo. Se pensarmos bem, o Real faz isso? O Valência? O Atlético de Madrid? É coisa de um time que inspirou uma seleção. Nossa cultura, nossa filosofia e até mesmo nossa arrogância não permitem no momento. Aqui ainda vemos o volante como o cara destruidor. Ainda temos a mentalidade do camisa 9 matador. A Espanha não funciona assim. Os volantes saem para o jogo, tem qualidade nos passes, não há um 9 referência, mas um cara que busca o jogo, dá assistência. Isso é uma tendência. Era o que o Mano tentava fazer.

GD: Qual a sua opinião a respeito dos Estaduais? Devem ser ignorados pelos clubes?
WT: É uma polêmica. Sou do tempo que os campeonatos regionais pegavam fogo! Você comemorava como se fosse um título brasileiro. Taça estadual tirava seu clube da fila. Hoje não mais. Penso que os grandes não podem mais fazer parte dos estaduais. Eles devem fazer pré temporada no exterior. Avançar fronteiras com suas marcas. O intercâmbio é importante. De nada adianta disputar paulistinha, carioquinha, mineirinho, gauchinho, etc... Esses regionais devem ser campeonatos qualificatórios para as equipes brigarem por vagas na série D do Brasileiro e na Copa do Brasil. Nada além disso.

GD: 10 anos de pontos-corridos. Aprova esse método?
WT: Aprovadíssimo. É o mais justo. Além da briga pelo título, temos a briga pela Libertadores e Sul Americana. Tem emoção do começo ao fim. Pra quem gosta de mata mata tem a Copa do Brasil.

GD: O que falta ao Neymar para ser o melhor do Mundo?
WT: Basicamente ir para a Europa. Enquanto os principais jogadores do mundo disputavam mata mata na Champions League, ele metia quatro gols na União Barbarense! Isso não é desafio, não engrandece, não traz evolução. Hoje o melhor futebol do mundo se pratica na Europa. O Brasil não é mais o país do futebol faz tempo. Não dita regras, não traz novidades para o mundo da modalidade, mas ainda revela grandes talentos. Os melhores estão no velho continente, logo os desafios estão lá. Pra ser grande você precisa estar entre os grandes.

GD: O que você pensa a respeito dos estádios que estão sendo construídos para a Copa das Confederações e Copa do Mundo?
WT: Os estádios são lindos, perfeitos, respeitam o torcedor, são confortáveis, tudo isso. O que me incomoda do ponto de vista estético é que perderam a identidade. Todos são iguais, padrão FIFA. O Maracanã pode ser o Mineirão, que tem a cara da Fonte Nova, que tem todo o jeito do Castelão. O menor dos problemas é estética e conforto. O problema é a quantidade vultuosa de dinheiro público investida em estádios que não darão o retorno ao investimento. O estádio de Brasília, do Rio Grande do Norte, de Pernambuco, do Amazonas. São elefantes brancos. Me preocupa as exigências da FIFA que custaram demais aos cofres públicos. Precisava o Maracanã passar pelo que passou? O Morumbi não servia? O estádio do Grêmio que ficou pronto não podia ser uma das arenas? Por que o estádio do Internacional? A Copa do Mundo no Brasil foi e é um estímulo diário a corrupção.

GD: Sobre o futebol europeu, a Liga dos Campeões já tem uma final garantida ou acredita na virada dos times espanhóis?
WT:  Bom, como eu demorei pra responder, acho que essa pergunta caiu por terra, não é? O que eu posso te dizer sobre Champions League é que ela me empolga mais do que Copa do Mundo.

GD: Para finalizar, com é apresentar o Fora de Jogo e trabalhar na ESPN?
WT: Apresentar o Fora de Jogo é fantástico. Não considero trabalho, é um prazer e eu ainda ganho por isso! O time de comentaristas é espetacular, o clima é de alto astral sempre e eu falo daquilo que eu adoro que é futebol internacional. Cheguei na ESPN em 3 de janeiro de 2011 e de lá pra cá muitos desafios apareceram. Me tornei narrador, coisa que nunca tinha feito antes. Fui para a bancada do Sportscenter diariamente na hora do almoço, coisa que eu achei que demoraria uns 15 anos pra acontecer, participei de eventos históricos, marcantes. Muita gente me pergunta se fora do ar os profissionais do canal são a mesma coisa. São sim, exatamente os mesmos. Isso é muito legal. Nada é fachada. Se você gosta do que faz, encara desafios e busca crescimento profissional então a ESPN é o lugar certo. 

4 comentários:

  1. Por favor, como entrar em contato com William Tavares?
    Desde já, agradeço-o. Abraços.

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  2. WILLIAM “VAMPIRO”. Estou perplexo, chocado, com a postura egoística, omissa, passiva e insensível dos profissionais da ESPN BRASIL. Aviso, aos “nervosinhos” e “malcriados” de plantão, que sou assinante da SKY e pago quase R$ 500,00 por mês de assinatura. Tenho, portanto, mais direito ainda de criticá-los. Não “livro a cara” nem do MAURO - o “nosso” SALDANHA da era moderna - meu conterrâneo (sou de Bom Jesus do Itabapoana e ele de Niterói), o maior e melhor, de longe, comentarista esportivo da televisão brasileira. Por que razão ninguém chama o WILLIAM à parte e lhe diz, por exemplo: “William, não me leve a mal, mas você deveria fazer uma pequena cirurgia nos dentes superiores, para ficar mais bem apresentável na “telinha”!! Só pode ser por falta de solidariedade! Santo Deus, o William está se expondo ao ridículo reiteradamente e ninguém o chama a atenção?! Ou no ambiente de trabalho de vocês a filosofia é “cada um por si e Deus por todos” ou “salve-se quem puder”?! A ESPN BRASIL deveira ministrar cursos de boas maneiras, civilidade e relações humanas a todos os “ditos cujos”. JOSÉ CARLOS DUTRA DO CARMO. www.sitenotadez.net, já acessado por mais de 13 milhões de pessoas.

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  3. Anonimo, voce e ignorante, grosso e mal educado, que se acha melhor do que os outros, voce não sabe nada, o William Tavares e Lindo e aquele dentinho e o charme dele, voce e que precisa cursar escola de boas maneiras, voce falou muito e não disse nada

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  4. Zé ruela invejoso fala do mal do William tu és um fracasso até nas tuas palavras anônimo vai catar coquinho

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