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sábado, 29 de junho de 2019

Brasil decepciona a cada jogo; os trilhos estão descarrilados

Brasil x Argentina, em jogo válido pelas Eliminatórias, no Mineirão (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
O que vale mais? Os números ou o rendimento? A questão vem à tona devido ao momento atual do técnico Tite no comando da Seleção Brasileira. Talvez o último bom jogo do Brasil com ele tenha sido contra o Uruguai, pelas Eliminatórias. 

Naquela altura, a equipe vinha se consolidando e muito próximo de carimbar o passaporte para a Rússia - o que se confirmou algumas rodadas depois - e como "campeão'. A partida terminou 4 a 1, com destaque para Paulinho, que anotara três gols na ocasião.

Depois disso, o Brasil vem tendo uma média nota 5. Passou perrengue nos amistosos antes da Copa do Mundo e sofreu para superar os adversários no Mundial, até ser eliminado pela Bélgica nas quartas de final, por 2 a 1.

Os números de Tite são: 40 jogos, 31 vitórias, sete empates e duas derrotas - para a Argentina, em amistoso disputado em Melbourne, na Austrália - e para a Bélgica, como citado no parágrafo anterior.

A falta de concentração, foco, as convicções erradas, insistência, convocação de jogadores medianos, falta de alternativa e repertório, falta de ousadia, a politicagem e tantos outros fatores têm feito com que o rendimento/desempenho da Seleção seja pífio.

Os amistosos pós-Copa, mesmo terminando com vitórias, e as quatro partidas nesta Copa América (exceto o jogo contra o Peru, pois foi atípico) colocam em xeque o trabalho do treinador, mesmo com um aproveitamento tão expressivo: 83,3%.

O jogo contra a Argentina, que será na próxima terça-feira, às 21h30, no Mineirão, será mais um teste de fogo para a Seleção Brasileira.

E o palco da partida é o Mineirão!

Em 2014, aquele fatídico 7 x 1 aplicado pela Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo. Dois anos depois, pelas Eliminatórias, o Brasil enfrentou a Argentina em Belo Horizonte. Placar: 3 x 0 para a equipe de Tite.

A seleção decepciona, e isso é fato. Apesar do ótimo número na defesa - não levou gol ainda - o ataque é ineficiente. A imprecisão das finalizações tem sido o maior problema nesta Copa América. E foi exatamente essa falta de pontaria que culminou na derrota argentina para a Alemanha na Copa de 2014.

Uma possível derrota do Brasil para o maior rival seria trágico e pode colocar Tite pendurado em uma corda-bamba. O que causa certo alívio é que os hermanos também têm tido seus problemas - equivalentes, diria. Jogo de muita pressão. O principal craque da Argentina - Messi - não faz boa Copa América. Mais atuante na liderança, menos decisivo e capaz do que pode fazer em outras situações.

Tite terá que se reencontrar e fazer com que os jogadores voltem a sentir prazer em jogar pela Seleção, principalmente nessa reta decisiva da Copa América, competição que há a obrigatoriedade de ser campeão. Os trilhos estão descarrilados.

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