É um patrimônio do povo. O futebol está no sangue, na alma.
O brasileiro gosta de reproduzir a ideia de que temos o melhor futebol do mundo.
Em meio às críticas e aos escândalos, sempre há torcedor com a camisa amarela no peito.
Há o torcedor que viaja para acompanhar a seleção.
Há o torcedor que não perde sequer um jogo.
Pode ser contra a Espanha, Itália, Angola ou Emirados Árabes. Não importa.
Pode ser às 22h de uma quarta-feira. Pode ser às 05h de um sábado. Não importa.
Há o torcedor.
A vinculação do brasileiro ao futebol surge como uma tradição impulsionada pela família.
Mas muita coisa mudou.
Antes, eram homens engravatados indo ao estádio. Mulheres, com vestidos elegantes.
Esporte elitista. Hoje não mais. Atingiu o povo.
O povo da camisa amarela.
Os únicos engravatados são os chefões da sujeira. Sugam o dinheiro. Pensam neles próprios.
Jogadores. Ah, jogadores!!
Bate um saudosismo.
Bellini, Djalma Santos, Zito, Tostão, Pelé, Sócrates, Zico, Careca, Romário, Ronaldo.
Talentosos. Jogadores que colocavam medo nos adversários. Cada um em sua época determinada.
Hoje é um marasmo.
Douglas Costa, Fred, Roberto Firmino, Thiago Silva, David Luiz. Nossa, dá ânsia.
Vexame na Copa do Mundo. Aqui, em nossa terra. Klose manda saudações e dois gols.
Muda-se o comando técnico. Mas não muda o comportamento da entidade esdrúxula que comanda,
Dinheiro, dinheiro, dinheiro. Não é para investimento no futuro. E sim no bolso. Na poupança.
Sai ano, entra ano. Tudo a mesma coisa. Ou até para pior.
Veio a Copa América. Primeiro teste de fogo. Bota mais um vexame na conta, garçom.
Eliminado contra o Paraguai. Melhor assim. Enfrentaríamos a Argentina. Seria pior, humilhante.
Pênaltis na lua. Fora da Copa das Confederações de 2017. Que coisa!
Safra fraca! Não temos jogadores bons! E quando temos um que pode nos salvar, ele apronta.
É preferível torcer para clubes. Provoca maior apelo e interesse. Mais paixão.
A seleção causa desânimo, sono. Apatia. Sentimento da cor amarela.
Mas sempre há o torcedor que usa. Não importa o momento.
O torcedor corneta, xinga. Mas vibra com um gol aos 47 minutos.
O torcedor apoia, quer ser forte, vibrante. Entretanto, chora quando é goleado nas duas últimas partidas.
O torcedor é contra a CBF. Mas veste a camisa amarela com o emblema da entidade nas manifestações.
Vai entender. O torcedor é demais.
E sempre usará a camisa amarela e apoiará a seleção, mesmo em meio às críticas, aos escândalos e às burrices de técnicos e assistentes.
segunda-feira, 29 de junho de 2015
domingo, 21 de junho de 2015
Futebol na madrugada
21 de junho de 2002. Há exatos 13 anos, a seleção brasileira vencia a Inglaterra por 2 a 1 e avançava às semifinais da Copa do Mundo. Como esquecer daquele gol épico de Ronaldinho Gaúcho?
Quem ficaria acordado para ver jogos às 3 e meia da madrugada ou às 6 da manhã?
Durante 30 dias foram trocas do dia pela noite.
À época, em 2002, estudava no período da manhã. Como os jogos da seleção eram disputadas na madrugada, eu tinha aula normalmente.
Porém, a minha paixão pelo futebol e pela seleção brasileira eram grandes, fazendo com que acordasse na madrugada fria e calada para acompanhar o barulho das torcidas, a voz inconfundível de Galvão Bueno. Fazia questão de assistir a todos os jogos possíveis.
Briguei com o sono. Explodi de alegria na madrugada. E de tensão, lógico. Um dos jogos mais marcantes foi exatamente este Brasil x Inglaterra.
Estava dormindo em um berço esplêndido. Sonhando. O despertador toca. Era 3h15. Animado, levantei-me da cama e fui para a sala, junto com minha mãe e avó. Com frio, a coberta foi a minha bandeira.
A rua em silêncio. Não sei se os meus vizinhos estavam assistindo ao jogo ou dormindo calmamente. Só sei que estava aflito. Algo me dizia que aquele jogo seria um dos mais difíceis. Tal qual foi.
3h30. Bola rolando. Sem ter noção da lei do silêncio, gritei. Minha mãe pedira a todo momento para ficar quieto. Por quê? Era Brasil. Luta por uma vaga às semifinais de Copa do Mundo.
3h53. Gol da Inglaterra. Desanimação. Fiquei triste. Lágrimas escorreram. Minha coberta parecia um lenço. Suspiro. O primeiro tempo se aproximava do seu fim. E o gol não saía. Lembro que minha avó disse para eu ir dormir, afinal tinha aula às 07h. Não quis. Fui teimoso. Ainda sou. E valeu a pena.
O gol de empate saiu. Rivaldo. 1 a 1. Gritei. É do Brasil!!!
Não teve como. Reação instantânea. Era o grito que estava preso à garganta contra o silêncio e a escuridão.
O sono era o meu maior adversário. Mas joguei junto.
Começou o segundo tempo. E logo depois uma falta na intermediária.
A câmera focava em Ronaldinho Gaúcho. Cantei a jogada: "Cruza!".
Ele não me escutou. Inocência minha.
Ronaldinho encobriu o goleiro e acertou o ângulo direito para desempatar.
Que golaço! Como gritei! Fiquei rouco!
A insistência dos meus familiares para voltar a dormir era enorme. Assustadora.
Continuei. E talvez fosse melhor ter ido dormir.
O homem de vermelho mostrou um cartão da mesma cor para aquele que tinha feito um gol magistral.
Homem de vermelho que eu viria a saber depois que era o árbitro.
Ronaldinho foi expulso. Pensei: "Como um time joga com 10?"
Foi difícil. Os minutos passavam. A seleção brasileira não conseguia fazer o terceiro gol.
Inglaterra criava. Pânico. E se acontecesse o empate? Prorrogação, diz minha mãe.
Não foi necessário. O Brasil venceu. Choro de um lado; animação, do outro.
Comemorei com os jogadores. Senti-me naquele gramado verde.
5h30. Dormir? Que nada! Acompanhei a repercussão do jogo, tomei banho, aliviei aquela tensão fragmentada em cada espaço do corpo.
Tomei café da manhã reforçado. E fui à escola.
Os jogos da madrugada pararam de fazer parte da minha vida.
E voltaram a fazer parte neste Mundial Sub-20, onde a Sérvia conquistou o título frente ao Brasil.
Acompanhei quase todos os jogos, em especial a final.
Cheguei da faculdade às 23h. Poderia ter ido dormir. Mas a vontade de assistir foi maior.
Lutei contra o sono e o frio. Mais uma vez.
E a coberta, novamente, foi minha companheira. Dessa vez, acompanhada de café e pão de mel.
Nas três horas que antecederam à partida, me comuniquei com alguns jornalistas.
Fiz uma análise nas redes sociais. Escutei algumas músicas e li um livro.
2 horas. Começa o jogo. Enquanto a bola rolava, expus meus comentários nas mesmas redes sociais.
Valeu a pena ter ficado acordado, embora a seleção brasileira tenha perdido por 2 a 1.
O futebol na madrugada voltou a fazer parte da minha história após 13 anos.
Que venha mais!
Quem ficaria acordado para ver jogos às 3 e meia da madrugada ou às 6 da manhã?
Durante 30 dias foram trocas do dia pela noite.
À época, em 2002, estudava no período da manhã. Como os jogos da seleção eram disputadas na madrugada, eu tinha aula normalmente.
Porém, a minha paixão pelo futebol e pela seleção brasileira eram grandes, fazendo com que acordasse na madrugada fria e calada para acompanhar o barulho das torcidas, a voz inconfundível de Galvão Bueno. Fazia questão de assistir a todos os jogos possíveis.
Briguei com o sono. Explodi de alegria na madrugada. E de tensão, lógico. Um dos jogos mais marcantes foi exatamente este Brasil x Inglaterra.
Estava dormindo em um berço esplêndido. Sonhando. O despertador toca. Era 3h15. Animado, levantei-me da cama e fui para a sala, junto com minha mãe e avó. Com frio, a coberta foi a minha bandeira.
A rua em silêncio. Não sei se os meus vizinhos estavam assistindo ao jogo ou dormindo calmamente. Só sei que estava aflito. Algo me dizia que aquele jogo seria um dos mais difíceis. Tal qual foi.
3h30. Bola rolando. Sem ter noção da lei do silêncio, gritei. Minha mãe pedira a todo momento para ficar quieto. Por quê? Era Brasil. Luta por uma vaga às semifinais de Copa do Mundo.
3h53. Gol da Inglaterra. Desanimação. Fiquei triste. Lágrimas escorreram. Minha coberta parecia um lenço. Suspiro. O primeiro tempo se aproximava do seu fim. E o gol não saía. Lembro que minha avó disse para eu ir dormir, afinal tinha aula às 07h. Não quis. Fui teimoso. Ainda sou. E valeu a pena.
O gol de empate saiu. Rivaldo. 1 a 1. Gritei. É do Brasil!!!
Não teve como. Reação instantânea. Era o grito que estava preso à garganta contra o silêncio e a escuridão.
O sono era o meu maior adversário. Mas joguei junto.
Começou o segundo tempo. E logo depois uma falta na intermediária.
A câmera focava em Ronaldinho Gaúcho. Cantei a jogada: "Cruza!".
Ele não me escutou. Inocência minha.
Ronaldinho encobriu o goleiro e acertou o ângulo direito para desempatar.
Que golaço! Como gritei! Fiquei rouco!
A insistência dos meus familiares para voltar a dormir era enorme. Assustadora.
Continuei. E talvez fosse melhor ter ido dormir.
O homem de vermelho mostrou um cartão da mesma cor para aquele que tinha feito um gol magistral.
Homem de vermelho que eu viria a saber depois que era o árbitro.
Ronaldinho foi expulso. Pensei: "Como um time joga com 10?"
Foi difícil. Os minutos passavam. A seleção brasileira não conseguia fazer o terceiro gol.
Inglaterra criava. Pânico. E se acontecesse o empate? Prorrogação, diz minha mãe.
Não foi necessário. O Brasil venceu. Choro de um lado; animação, do outro.
Comemorei com os jogadores. Senti-me naquele gramado verde.
5h30. Dormir? Que nada! Acompanhei a repercussão do jogo, tomei banho, aliviei aquela tensão fragmentada em cada espaço do corpo.
Tomei café da manhã reforçado. E fui à escola.
Os jogos da madrugada pararam de fazer parte da minha vida.
E voltaram a fazer parte neste Mundial Sub-20, onde a Sérvia conquistou o título frente ao Brasil.
Acompanhei quase todos os jogos, em especial a final.
Cheguei da faculdade às 23h. Poderia ter ido dormir. Mas a vontade de assistir foi maior.
Lutei contra o sono e o frio. Mais uma vez.
E a coberta, novamente, foi minha companheira. Dessa vez, acompanhada de café e pão de mel.
Nas três horas que antecederam à partida, me comuniquei com alguns jornalistas.
Fiz uma análise nas redes sociais. Escutei algumas músicas e li um livro.
2 horas. Começa o jogo. Enquanto a bola rolava, expus meus comentários nas mesmas redes sociais.
Valeu a pena ter ficado acordado, embora a seleção brasileira tenha perdido por 2 a 1.
O futebol na madrugada voltou a fazer parte da minha história após 13 anos.
Que venha mais!
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Neymar realiza seu sonho e o futebol agradece; porém comportamentos precisam ser revistos
Lembro-me de que em 2010, o técnico Renê Simões, à época treinador do Atlético-GO, disse que Neymar seria um monstro. Mas não pelo seu futebol. E, sim, pela sua atitude. Coleciona gols e desafetos. É um capeta em forma de guri. Cinco anos se passaram, e o craque do Barcelona ainda é um capeta, mas agora no futebol, com seus dribles e gols.
O atacante santista bateu o pé para a ordem de Dorival Júnior, que mandou Marcel cobrar o pênalti, na vitória sobre o Atlético-GO, por 4 a 2. O jogador teria ofendido o técnico depois.
Renê Simões pediu para que o educasse. Demorou para acontecer tal ato. Rebeldia. A mídia o colocava como um 'deus'. Os cortes de cabelo foram mudando com o passar do tempo. Aderiu aos alisadores, moicanos e tons aloirados. Converteu-se numa celebridade. O que o dinheiro e o poder não fazem, não? Fechou contratos milionários. Virou estrela. Da mídia.
O seu futebol foi aparecendo aos poucos. Com a saída de Dorival Júnior, Neymar sentiu-se completo. Não seria mais agredido verbalmente em campo. Poderia aprontar. E aprontou. Festas com famosos, seguidores nas redes sociais, vários fãs-clubes. Dentro das quatro linhas, Neymar foi crescendo. Começou a ser decisivo. Especulou-se que ele deveria ter sido convocado para a Copa de 2010. Exagero, ao meu ver. Paulo Henrique Ganso, seu companheiro no Santos, era muito mais técnico, tinha mais qualidade.
O mundo dá voltas. E deu. Ganso se apequenou. Neymar, agigantou. Tanto crescimento fez com que sondagens no mercado internacional fossem aparecendo. O Santos deve uma Copa Libertadores ao jovem garoto. Foi em 2012, contra o Peñarol, do Uruguai.
O próximo desafio era o Mundial de Clubes. E a sondagem aumentando. Naquela decisão contra o Barcelona, vencida pelo time catalão, por 4 a 0, o camisa 11 já era do Barcelona. Já tinha contrato assinado, através de seu pai e empresário - Neymar. Como aponta o livro 'O lado sujo do futebol'.
O que seria do menino que teve o início no futebol de salão no litoral de São Paulo? Dia 3 de junho de 2013. Apresentação oficial no Camp Nou. Neymar chorou e disse que realiza “sonho de menino”, em sua primeira entrevista coletiva como jogador do Barcelona. Arriscou algumas palavras em catalão. Estava tímido. Mas não era. Queria causar uma boa impressão, apenas.
Como seria o desempenho e a evolução na Espanha? No Santos a tática era, toca pro Neymar que ele sai correndo e driblando (e tomando inúmeras faltas) e resolve. Pois é. Por sua vez, no Barcelona, ele não é o único capaz de resolver numa jogada, mas ainda o faz. O diferencial: ele tem Messi ao seu lado. Tem Xavi e Iniesta, que apoiam. Dois laterais que sobem ao ataque. Aí, tudo fica mais fácil.
Em 2012, Muricy Ramalho havia dito que Neymar tinha que ir embora para a Europa, pois aqui não tinha mais como evoluir. Ele estava certo. O camisa 10 da seleção brasileira evoluiu. Continua vaidoso com seu cabelo. Ainda quer manter a forma. Ainda assina contratos milionários. É idolatrado por onde passa.
Olha, eu não tenho inveja do craque. Nunca fui bom em jogar futebol. Ficava apenas solitário no campo de ataque. E ainda fico, quando surge uma partida. Eu não tenho inveja se ele já namorou atriz global, pegou uma gata do Instagram, pegou mais uma, duas, três, quatro, cinco, seis. Eu não tenho inveja se ele torra dinheiro. Pouco importa.
Tenho inveja de ele estar num dos melhores clubes do mundo. Quantos garotos não queriam estar lá? Assim como eu. Quando criança, tinha sete ou oito anos, sempre assistia aos jogos dos campeonatos europeus, e sempre pensava: um dia, quero estar lá. Mal sabia eu que não pudia jogar futebol ou fazer qualquer tipo de exercício físico forçado. Uma cirurgia no coração me proibiu de seguir o meu futuro sonho de ser jogador de futebol.
Uma única postura que não me agrada, e não fica preso somente ao Neymar, mas sim com todos os jogadores de futebol: discurso clichê, pronto, após uma derrota ou vitória. Principalmente nesta. Quando um time vence e um jogador é convocado para dar entrevista, ele logo diz: "Graças a Deus vencemos esta partida". Sério, não consigo entender.
Quer dizer que o Deus do jogador perdedor é inferior? Lógico que não. Deus é um ser único. Que nos abençoa com sua dádiva em todos os momentos.
Neymar é dizimista fiel, chega a dar até R$13 mil por mês de dízimo para a Igreja Batista Peniel, como informou a revista Veja São Paulo. Desde criança o atacante do Barcelona e da seleção brasileira tem a prática de honrar a Deus através dos dízimos. Quando criança colaborava com R$ 10 ou R$ 20 mensalmente, conforme lembra Newton Lobato, pastor da igreja.
Não quero me prolongar neste assunto. Vamos retomar ao futebol.
Neymar tem apenas 23 anos. Conquistou Campeonato Paulista, Copa do Brasil, Libertadores, Copa do Rei, Campeonato Espanhol e, agora, a tão sonhada Champions League, que numa entrevista que ele concedeu antes da final, afirmou que jogava com o Barcelona neste tipo de campeonato e que sempre vencera. O sonho de videogame agora é real. Ele estava lá! E fez um gol. Poderia ter sido dois gols numa decisão. Mas a mão o impediu de tal honraria.
Neymar ainda não é tão vitorioso em relação a outros grandes craques, como Pirlo, Iniesta, Xavi, Messi e Cristiano Ronaldo. Entretanto, vai somando troféus na medida em que entorta zagueiros e laterais. E só tem 23 anos.
O talento dele faz com que seja diferente. A humildade cresceu, Mas, calma, Neymar. Algumas atitudes suas precisam ser repensadas e corrigidas.
Não faça dancinha ou tente dar uma carretilha numa final de campeonato.
Não caia em prantos antes de um jogo de Copa do Mundo ou qualquer disputa por título.
Responda às perguntas sobre o que você fez em campo.
Aja como homem, e não como moleque, embora esteja mais amadurecido do que há quatro anos.
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Um panorama do Campeonato Brasileiro já pode ser visto
A quinta rodada teve início na noite desta quarta-feira (2), com a disputa de sete jogos. Hoje, mais três jogos serão disputados - Fluminense x Coritiba, Palmeiras x Internacional e Sport x Goiás. Talvez seja cedo para fazer uma análise sobre o caminho que cada equipe percorrerá e, consequentemente, suas ambições até o término do campeonato.
Porém, pode-se notar que Atlético-PR e Ponte Preta, primeiro e segundo colocados, respectivamente, fazem um trabalho impressionante. O clube paranaense se reforçou. Trouxe Milton Mendes, técnico da Ferroviária, resgatou o atacante Walter e possui seus pilares - o goleiro Wewerton e o atacante Douglas Coutinho. Já a Ponte Preta, treinada por Guto Ferreira, demonstra intensidade em cada jogo, compactua seu meio-campo e não cede espaços aos adversários. Fernando Bob e Renato Cajá são a base da equipe campineira.
É difícil manter o ritmo à medida que as rodadas vão avançando. Entretanto, os dois clubes lutam para se manter na Série A, que é o principal objetivo traçado. O resto é consequência. Atlético-MG, terceiro colocado, é o melhor time do futebol brasileiro, atualmente, ao lado do Internacional. O Galo faz partidas incríveis. Ontem, massacrou o Avaí, na Ressacada, fazendo 4 a 0. Destaque para Rafael Carioca, que participou de dois gols. Luta por uma vaga na Libertadores ou até mesmo pelo título, que não vem desde 1971.
O Grêmio passa por momentos delicados no que diz respeito às finanças. Enxugou o elenco e diminuiu os salários. Demitiu Felipão e sua comissão técnica. Trouxe Roger Carvalho, ex-zagueiro que já atuou vestindo a camisa Tricolor. É ídolo por lá. E a diretoria acertou em cheio.
O Grêmio de Roger é totalmente outro em relação ao de antes, comandado por Felipão. E um detalhe: com os mesmos jogadores, nestas duas primeiras partidas sob o seu comando. O que acontece é que Roger sabe trabalhar de acordo com a função de cada atleta. Sabe conversar, ter diálogo. Gesticula-se a todo momento, tentando acertar o posicionamento. E isso surge efeito. Uma equipe leve e que, embora passe por problemas, é um sério candidato à vaga da Libertadores. O começo é promissor.
Flamengo e Vasco podem ligar o sinal vermelho. O Rubro-Negro demitiu Vanderlei Luxemburgo, que foi para o Cruzeiro, após a demissão de Marcelo Oliveira. O time não tem padrão tático e não consegue criar. Derrotas, pressões. A equipe anunciou Guerrero. Mas do que adianta contratar um atacante, sendo que o meio-campo é um marasmo?
O mesmo acontece com o Vasco. Ontem, foi atropelado pela Ponte Preta, em pleno São Januário, perdendo por 3 a 0. Doriva, técnico campeão com o Vasco do Campeonato Carioca, não consegue manter o padrão que a equipe teve no Estadual. O único que salva é o atacante Dagoberto, que atua em todos os lados do campo. Mas falta criatividade no meio-campo. A bola não chega ao atacante.
Outra equipe que pode ligar o sinal vermelho é o Corinthians. Jogadores sem receber salários, eliminação para o Guaraní-PAR, time perdeu seu principal jogador - Paolo Guerrero, e Tite parece ter perdido a confiança. A melhor opção seria demitir o técnico, para que sua história na equipe não fosse manchada por uma série de vexames.
Joinville, Chapecoense, Figueirense e Avaí brigarão para não serem rebaixados. Equipes que possuem suas limitações. Manter-se na Série A será um prêmio. Coritiba é outra equipe que precisa tomar cuidado. Atualmente, ocupa a zona de rebaixamento e perder pontos em casa pode ser um diferencial negativo para conquistar bons frutos.
Cruzeiro, com novo técnico e sem um elenco forte como fora nos dois últimos anos, e Santos, com Lucas Lima, Geuvânio e Ricardo Oliveira, podem brigar pela intermediária da tabela, assim como Sport, Goiás, Fluminense e Palmeiras, que ainda não apresenta um esquema definido e tem dificuldades na criação.
Um panorama que pode mudar? Sim. Mas serve como base.
Placar
São Paulo 3 x 2 Santos
Grêmio 3 x 1 Corinthians
Cruzeiro 1 x 0 Flamengo
Avaí 1 x 4 Atlético-MG
Vasco 0 x 3 Ponte Preta
Chapecoense 2 x 0 Joinville
Atlético-PR 1 x 0 Figueirense
Jogos de hoje:
Fluminense x Coritiba
Palmeiras x Internacional Sport x Goiás
C CLUBE PG JG
1 Atlético-PR 12 5
2 Ponte Preta-SP 11 5
3 Atlético-MG 10 5
4 São Paulo-SP 10 5
5 Chapecoense-SC 9 5
6 Sport-PE 8 4
7 Goiás-GO 8 4
8 Grêmio-RS 8 5
9 Fluminense-RJ 7 4
10 Avaí-SC 7 5
11 Corinthians-SP 7 5
12 Palmeiras-SP 5 4
13 Santos-SP 5 5
14 Internacional-RS 5 4
15 Cruzeiro-MG 4 5
16 Figueirense-SC 4 5
17 Coritiba-PR 3 4
18 Vasco da Gama-RJ 3 5
19 Flamengo-RJ 1 5
20 Joinville-SC 1 5
Porém, pode-se notar que Atlético-PR e Ponte Preta, primeiro e segundo colocados, respectivamente, fazem um trabalho impressionante. O clube paranaense se reforçou. Trouxe Milton Mendes, técnico da Ferroviária, resgatou o atacante Walter e possui seus pilares - o goleiro Wewerton e o atacante Douglas Coutinho. Já a Ponte Preta, treinada por Guto Ferreira, demonstra intensidade em cada jogo, compactua seu meio-campo e não cede espaços aos adversários. Fernando Bob e Renato Cajá são a base da equipe campineira.
É difícil manter o ritmo à medida que as rodadas vão avançando. Entretanto, os dois clubes lutam para se manter na Série A, que é o principal objetivo traçado. O resto é consequência. Atlético-MG, terceiro colocado, é o melhor time do futebol brasileiro, atualmente, ao lado do Internacional. O Galo faz partidas incríveis. Ontem, massacrou o Avaí, na Ressacada, fazendo 4 a 0. Destaque para Rafael Carioca, que participou de dois gols. Luta por uma vaga na Libertadores ou até mesmo pelo título, que não vem desde 1971.
O Grêmio passa por momentos delicados no que diz respeito às finanças. Enxugou o elenco e diminuiu os salários. Demitiu Felipão e sua comissão técnica. Trouxe Roger Carvalho, ex-zagueiro que já atuou vestindo a camisa Tricolor. É ídolo por lá. E a diretoria acertou em cheio.
O Grêmio de Roger é totalmente outro em relação ao de antes, comandado por Felipão. E um detalhe: com os mesmos jogadores, nestas duas primeiras partidas sob o seu comando. O que acontece é que Roger sabe trabalhar de acordo com a função de cada atleta. Sabe conversar, ter diálogo. Gesticula-se a todo momento, tentando acertar o posicionamento. E isso surge efeito. Uma equipe leve e que, embora passe por problemas, é um sério candidato à vaga da Libertadores. O começo é promissor.
Flamengo e Vasco podem ligar o sinal vermelho. O Rubro-Negro demitiu Vanderlei Luxemburgo, que foi para o Cruzeiro, após a demissão de Marcelo Oliveira. O time não tem padrão tático e não consegue criar. Derrotas, pressões. A equipe anunciou Guerrero. Mas do que adianta contratar um atacante, sendo que o meio-campo é um marasmo?
O mesmo acontece com o Vasco. Ontem, foi atropelado pela Ponte Preta, em pleno São Januário, perdendo por 3 a 0. Doriva, técnico campeão com o Vasco do Campeonato Carioca, não consegue manter o padrão que a equipe teve no Estadual. O único que salva é o atacante Dagoberto, que atua em todos os lados do campo. Mas falta criatividade no meio-campo. A bola não chega ao atacante.
Outra equipe que pode ligar o sinal vermelho é o Corinthians. Jogadores sem receber salários, eliminação para o Guaraní-PAR, time perdeu seu principal jogador - Paolo Guerrero, e Tite parece ter perdido a confiança. A melhor opção seria demitir o técnico, para que sua história na equipe não fosse manchada por uma série de vexames.
Joinville, Chapecoense, Figueirense e Avaí brigarão para não serem rebaixados. Equipes que possuem suas limitações. Manter-se na Série A será um prêmio. Coritiba é outra equipe que precisa tomar cuidado. Atualmente, ocupa a zona de rebaixamento e perder pontos em casa pode ser um diferencial negativo para conquistar bons frutos.
Cruzeiro, com novo técnico e sem um elenco forte como fora nos dois últimos anos, e Santos, com Lucas Lima, Geuvânio e Ricardo Oliveira, podem brigar pela intermediária da tabela, assim como Sport, Goiás, Fluminense e Palmeiras, que ainda não apresenta um esquema definido e tem dificuldades na criação.
Um panorama que pode mudar? Sim. Mas serve como base.
Placar
São Paulo 3 x 2 Santos
Grêmio 3 x 1 Corinthians
Cruzeiro 1 x 0 Flamengo
Avaí 1 x 4 Atlético-MG
Vasco 0 x 3 Ponte Preta
Chapecoense 2 x 0 Joinville
Atlético-PR 1 x 0 Figueirense
Jogos de hoje:
Fluminense x Coritiba
Palmeiras x Internacional Sport x Goiás
C CLUBE PG JG
1 Atlético-PR 12 5
2 Ponte Preta-SP 11 5
3 Atlético-MG 10 5
4 São Paulo-SP 10 5
5 Chapecoense-SC 9 5
6 Sport-PE 8 4
7 Goiás-GO 8 4
8 Grêmio-RS 8 5
9 Fluminense-RJ 7 4
10 Avaí-SC 7 5
11 Corinthians-SP 7 5
12 Palmeiras-SP 5 4
13 Santos-SP 5 5
14 Internacional-RS 5 4
15 Cruzeiro-MG 4 5
16 Figueirense-SC 4 5
17 Coritiba-PR 3 4
18 Vasco da Gama-RJ 3 5
19 Flamengo-RJ 1 5
20 Joinville-SC 1 5
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Marcelo Oliveira e Carlo Ancelotti: as injustiças no mundo da bola
Marcelo Oliveira foi demitido do Cruzeiro, em mais uma das atitudes inesperadas de Dr. Gilvan de Pinho Tavares, Valdir Barbosa e Benecy Queiroz. Bicampeão do Campeonato Brasileiro e Campeonato Mineiro. Montou um time à altura, resgatou a grandeza da equipe, trouxe de volta o torcedor ao estádio. Marcelo foi um dos grandes responsáveis por fazer do Cruzeiro um time de ponta, alta linha do mercado do futebol. Mas a sequência de péssimos resultadas, a falta de confiabilidade e a debandada que o elenco sofreu foram fatores determinantes para a sua demissão.
Desde sua chegada em dezembro de 2012, Marcelo comandou a equipe por 169 partidas, venceu 105, empatou 32 e perdeu outras 32, totalizando um aproveitamento de 68,44%. A equipe marcou 316 gols e sofreu 147. Foi um dos responsáveis diretos, pelo bicampeonato Brasileiro conquistado em 2013/2014. Mas, no fim do ano passado e no início deste, sofreu com as saídas de Lucas Silva, Nilton, Egídio, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno.
Faltou planejamento à diretoria para trazer nomes do mesmo nível. Diretoria trouxe De Arrascaeta, Mena, Leandro Damião e Willians. A confiança do torcedor foi caindo gradualmente. Eliminação para o Atlético-MG no campeonato estadual, derrota vexatória no Mineirão, diante do River Plate e um dos piores inícios da equipe no Nacional.
Cinco meses de temporada. Diretoria comete erros seguidos. O time, que era modelo de boa gestão e organização, virou “casa da mãe Joana”. Demitiu aquele que fez do Cruzeiro ressurgir, renascer. A demissão de Marcelo pode ser, sim, comparada com a de Carlo Ancelotti, pelo Real Madrid.
Carlo Ancelotti chegou ao Real Madrid em 2013 com a missão de trazer a tão sonhada 'Lá Décima' para o clube merengue. Assim fez, e ganhou até mais que isso, foi bem além do que foi determinado e conquistou o respeito dos torcedores. Ancelotti comandou o Real Madrid em 119 jogos, com 89 vitórias (22 jogos de invencibilidade), 14 empates e 8 derrotas. O aproveitamento com o clube merengue foi de 74,79%.
Cristiano Ronaldo, Gareth Bale, Luka Modric, James Rodriguez e Toni Kroos. Elenco galáctico e que queria a permanência do italiano na equipe. Eles sabem o quanto foi importante para o clube. Manteve equilíbrio, mesmo não possuindo alguns desses jogadores nos duelos mais difíceis e importantes.
Porém, o clube perdeu concentração, foco. O Real Madrid perdeu a liderança do Campeonato Espanhol e, por consequência, foi ultrapassado pelo rival Barcelona, que conquistou o título. Na Copa do Rei, sequer chegou à final. Restava a Champions League. Enfrentou a forte equipe da Juventus, e foi eliminado, perdendo em pleno Santiago Bernabéu. A Lei do Ex voltou a atuar. Gol de Morata.
Tanto Marcelo Oliveira quanto Carlo Ancelotti saem de cabeça erguida dos seus respectivos clubes. Construíram a hegemonia. A eles, os meus sinceros aplausos. E que as injustiças possuem um ponto final.
Assinar:
Postagens (Atom)