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domingo, 29 de março de 2020

Fim dos estaduais e calendário europeu: o que penso sobre o futebol brasileiro em meio à pandemia do coronavírus

Foto: Lucas Uebel | Grêmio FBPA
Estamos há duas semanas sem o futebol brasileiro. Por uma razão óbvia e por uma decisão que demorou muito a ser tomada. 

Em meio à pandemia do COVID-19, o novo coronavírus, não só o futebol, mas também as outras modalidades foram suspensas ou até mesmo canceladas.

Embora não tenha jogadores e árbitros em campo, narradores, comentaristas e repórteres, e o principal, o torcedor, nos estádios, o debate acerca do futebol ainda acontece.

Afinal, como fica o calendário?

Os clubes deram férias aos seus atletas e funcionários de 20 dias, a começar no dia 1º de abril e se encerra no dia 20. Não sabemos como estará o surto do coronavírus até lá.

Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirma que o pico da doença será em junho ou julho. Ou seja, mais três meses ao menos.

Vale lembrar que os jogadores terão que passar por uma série de avaliações físicas, médicas, ter, ao menos, 20 dias de intertemporada, para que possam recuperar a forma e ter o contato com a bola, recuperar a noção tática e técnica. Esse período pode causar um destreino.

A Confederação Brasileira de Futebol acredita que, se o Campeonato Brasileiro, começar no dia 1º de julho é possível a realização das 38 rodadas, sem a mudança no regulamento e no formato. Como?

Tem a Libertadores, Copa do Brasil e Sul-Americana. E se um time brasileiro for campeão da Libertadores, disputará o Mundial de Clubes, no final do ano.

E temos um agravante: como ficam os Estaduais? Nenhum dos 27 chegaram ao seu fim, restando rodadas na primeira fase e mais o mata-mata.

Não podemos nos esquecer das equipes de menor estrutura e aquelas que não têm um calendário completo. Como é o caso do Água Santa, de Diadema, que já perdeu o técnico Pintado, que assumiu o Juventude. O Santo André já afirma que perderá jogadores que têm contrato até abril, ficando difícil ou impossível um prolongamento.

Sabendo que o futebol não voltará em abril e dificilmente em maio, a opção mais viável é decretar o fim dos estaduais, concedendo os títulos para aqueles clubes que possuem melhores campanhas.

Já o Campeonato Brasileiro, acredito que a melhor solução seria implementar o calendário europeu: começar em 2020, terminar em 2021. Sempre defendi essa tese de que o calendário brasileiro deveria se espelhar do Velho Continente.

Qualquer previsão sobre a retomada do futebol brasileiro é mero chute. Mas clubes, federações e a entidade que controla a modalidade precisam se reunir e tomar as medidas certas.

Veja como está a situação de cada torneio:

Copa do Brasil
Paralisada — 10 rodadas restantes

Libertadores
Paralisada — 11 rodadas restantes

Sul-Americana
Paralisada — 9 rodadas restantes

Brasileirão
Previsto para iniciar em maio — 38 rodadas

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