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segunda-feira, 23 de março de 2020

Minha primeira cobertura

Olá, leitores, tudo bem?
Depois de algum tempo ausente, devido à correria do trabalho, estou de volta.

Como estamos em quarentena, decidi jogar a preguiça para escanteio e cá estou para escrever algumas coisas.

Estou vivendo dias difíceis. Aliás, acredito que não esteja fácil para ninguém, em decorrência do coronavírus e desse novo modo de viver - sem abraços, beijos, apertos de mão. Vivendo num isolamento social.

É uma fase e isso vai passar. Tenhamos fé, independentemente da sua crença/religião.

Vamos lá! Aqui, neste espaço, vou relembrar alguns momentos especiais que vivi no esporte. Sou formado em Jornalismo desde 2017, mas a minha paixão por esportes começou em 2002, quando o Brasil conquistou o pentacampeonato mundial, vitória sobre a Alemanha, por 2 a 0. Dois gols do Ronaldo Fenômeno.

Sem mais delongas na apresentação, vamos ao que interessa.

Em 2014, quando ingressei na faculdade de Jornalismo, abriram-se duas vagas para trabalhar como voluntário na TV Univap, nome da emissora que carrega o nome da faculdade, daqui de São José dos Campos.

Eu não receberia um centavo para fazer parte da equipe. Mas a experiência que eu teria na televisão, ainda mais sendo universitária, seria - e viria a ser - muito importante para uma futura oportunidade que eu receberia um ano depois. Mas aí é outra história.

Passei por algumas etapas do processo e cheguei à final. Na disputa por pênaltis, passei. Viria a ser editor, produtor, apresentador e repórter. Naveguei por todos os processos jornalísticos. De imediato, me deram a missão de criar um programa de esportes, já que a TV Univap não tinha um noticiário esportivo em sua grade de programação. Para mim, prato cheio. Juntei a fome com a vontade de comer, como dizem por aí.

Juntamente com um colega de trabalho, elaboramos a vinheta de apresentação, identidade visual, como seriam os GCs (aquele texto que aparece na tela). O primeiro programa seria já veiculado no dia seguinte. Fizemos o famoso "gravado ao vivo". Separei cinco matérias - uma de cada modalidade do qual mais gostava - e ainda gosto - e fomos para o front.

Foi incrível ver o meu nome nos créditos. Produzi, editei e apresentei. Essa etapa edificante da minha vida durou cerca de oito meses. Infelizmente não deu para continuar, porque, como disse acima, não recebia um centavo, e os custos com alimentação e transporte pesavam no meu bolso e no da minha família.

No final de 2014, São José dos Campos recebeu mais uma edição da Copa Libertadores Feminina. Fiz questão de acompanhar de perto a luta, a garra e a determinação das mulheres. E apoiar o time da minha cidade, obviamente.

Dia 16 de novembro, Estádio Martins Pereira, 10h. Dia em que a cidade parou para prestigiar uma decisão envolvendo São José e Caracas, da Venezuela. O time joseense tinha grandes jogadoras, como Formiga, Andressa Alves, Rosana, Poliana, entre outras craques.

O São José venceu o time venezuelano por 5 a 1, conquistou o terceiro título da competição e carimbou o passaporte para a disputa do Mundial, no Japão. Um mês depois, elas ganharam a competição, superando o Arsenal, da Inglaterra, por 2 a 0.

Terminado o jogo no Martins Pereira e após ver a cerimônia de premiação de pertinho, decidi arriscar a própria sorte e tentar o acesso aos vestiários, para conhecer as jogadoras e conseguir alguma entrevista para um projeto futuro. Infelizmente, as entrevistas não foram possíveis. Mas consegui algumas fotos, que se perderam com o passar do tempo. Após isso, decidi fazer algo que é marcante para mim: todas as fotos que tiro com o meu simples celular, decido revelá-las e colocá-las em um álbum. É sempre emocionante vê-las em diferentes momentos.

Posso dizer que este jogo foi a minha primeira cobertura esportiva.

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