Foto: (Yasuyoshi Chiba/AFP) |
Porém, nesses últimos dias, as páginas estão sendo arrancadas, destruídas. O busto que leva o nome do estádio - Jornalista Mário Filho - foi roubado. Levaram a identidade. O que resta? Os pertences estão sendo levados concomitantemente. Televisões, cadeiras das arquibancadas e até fios de cobre. Meu Deus! Lastimável!
Causa indignação. O lugar onde a Alemanha faturou a Copa do Mundo, em 2014, e onde o Brasil conquistou o título que lhe faltava (Jogos Olímpicos, contra a própria Alemanha). Não acredito que a história está ficando amarelada, assim como o gramado que, aos poucos, está sumindo.
Para onde se olha, a imagem é a do descaso. E o legado?? Antes dos Jogos e até mesmo da Copa, falava-se tanto desse termo. Agora, o que sobra é o acúmulo das contas. O principal patrimônio esportivo do Rio de Janeiro virou caso de polícia. Não é possível. Cadê o dinheiro? O estádio está sem luz. Apenas seis seguranças fazem a vigia. Insuficiente, pois os ladrões conseguem entrar com facilidade e cometerem atos de vandalismo e destruição da história. Da humanidade.
Ah, o Maracanã. Mesmo quem não conhece (como a pessoa que vos escreve neste momento), sentia admiração em ver e ouvir o seu nome, estampado nas capas de jornais históricos ou na televisão, em jogos emocionantes. O gol de Neto pelo Corinthians, a estreia de Rivellino pelo Fluminense, o gol de Pelé contra o Paraguai que colocou o Brasil em mais uma edição de Copa do Mundo. Eu não era nascido em nenhum dos dois momentos citados, mas não precisa ir muito longe para se relembrar destes fatos.
O maior palco de emoções do Brasil, como o próprio site do estádio o define, está às moscas. O consórcio já não quer mais administrá-lo. O governo do Rio quer propor um estudo para ver o que pode ser feito para resgatar o estádio e tirá-lo do fundo do poço. Que situação lamentável!
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