Foto: Dhavid Normando / Futura Press |
Porém o que se viu nas rodadas seguintes foi um time apático, com postura de deixar aqueles mesmos torcedores com raiva. Derrotas para Náutico, Paysandu e CRB. Jogos que eram apontados como fáceis se tornaram difíceis. E o caminho começou a surgir pedras, obstáculos. O título ficou distante. O Atlético-GO embalou vitórias e abriu vantagem. Sagrou-se campeão, com méritos, é verdade.
A obrigação do time carioca era conquistar o título. Não foi possível. E a vaga, que parecia tão fácil, começou a ficar complicada. Na última rodada, não dependia apenas de suas próprias forças. Tinha que contar com uma ajuda do Oeste, que, no mesmo horário, enfrentava o Náutico, que também lutava pelo acesso. Briga de foice.
Ceará foi ao Maracanã para fazer a sua parte e honrar a camisa. Mas o Vasco estava com o seu pensamento apenas na Arena Pernambuco. Lá, o time do interior paulista abriu o placar com Pedro Carmona. Pela proximidade das arquibancadas com o banco de reservas, Jorginho e sua comissão técnica foram avisados pela torcida. Os jogadores tinham noção do que estava acontecendo. Mas o time cearense abriu o placar, com um golaço de Eduardo. Que coisa!
Drama? Tragédia anunciada? Mais sofrimento? O que viria a acontecer? O segundo gol do Oeste. Naquela ocasião, o Vasco estava subindo. Mas não pelos seus méritos, visto que a campanha no segundo turno foi lamentável. Na segunda etapa, o Cruz-Maltino voltou com postura de time grande: ofensivo, mostrando raça. Conseguiu a vitória após dois gols de Thalles. No Recife, vitória do Oeste por 2 a 0. Ufa! Que alívio! Vasco de volta à elite.
Após o apito final, teve torcedor que chorou, comemorou e se revoltou. A revolta é contra o presidente Eurico Miranda. A rejeição aumenta a cada dia. E os torcedores pediram a sua saída do comando do clube.
O acesso está garantido! A festa tem que continuar! Mas o Campeonato Brasileiro da Série A já começou para o clube carioca. É hora de fazer o balanço da temporada, analisar peças e fazer o desmanche.
Aproveitar quem se destacou, como o meia-atacante Nenê e o goleiro Martin Silva, responsáveis por evitar o pior: a permanência na Série B, que acarretaria no prejuízo da imagem e nos cofres. Portanto, é hora da reestruturação, tanto na diretoria quanto no material humano. Caso contrário, mais dificuldades estão a caminho.
O treinador Jorginho, em entrevista coletiva, foi certeiro ao afirmar que o clube precisa de reforços: "O Vasco precisa de uma renovação, de uma maturação".
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