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sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Mais caro da Copa, Mané Garrincha é "desprezado" pelas equipes do DF e recebe nem 8% da capacidade total em jogos do Brasiliense

Com cálculo estimado em R$ 1,5 bilhão, o Estádio Mané Garrincha, com capacidade para 72.788 pessoas, a arena mais cara do mundial, vem sendo desprezada até mesmo pelos clubes do Distrito Federal. Foram nove meses de abstinência. O último confronto havia acontecido em 6 de maio, quando o Brasiliense conquistou o título do Campeonato Candango, sobre o Ceilândia.

Neste ano, pelo Campeonato Brasiliense, apenas duas partidas do Candangão foram realizadas no estádio. Na primeira rodada, Brasiliense e Real-DF entraram em campo. Apenas 988 pessoas estiveram presentes.

Detalhe: o ingresso custava R$ 1 e R$ 10, conforme mostra o borderô abaixo, divulgado pela Federação de Futebol do Distrito Federal.

Se, em 2014, Brasília e Formosa gastaram apenas R$ 39 para atuar no Mané Garrincha, Brasiliense e Real desembolsaram R$ 780.

Borderô de Brasiliense x Real-DF (FFDF)
Ainda pelo estadual, o segundo jogo disputado foi entre Brasiliense e Gama. Clássico local, válido pela quinta rodada. Estiveram presentes no estádio 3.401 pessoas. Dessa vez, o aluguel do campo saiu mais "salgado": R$ 4.129,50. Os preços dos bilhetes seguiam os mesmos: R$ 1 e R$ 10.


Borderô de Brasiliense x Gama (FFDF)
Os estádios mais usados no Campeonato Brasiliense, até o momento, têm sido o Estádio Valmir Campelo Bezerra, mais conhecido como Bezerrão, com capacidade para 20.310 pessoas, e o Zequinha Roriz, ou Serra do Lago, que comporta 21.564 torcedores, e fica localizado em Luziânia, Goiás. Ambos receberam cinco jogos do estadual.

Apesar de ser o maior estádio da Capital Federal, o Mané Garrincha tem sido desprezado pelas próprias equipes do DF e da organizadora do principal campeonato do estado.

Entretanto, mesmo com a quantidade maior de partidas, a média não atinge a do Mané Garrincha. O Bezerrão recebeu 5.911 pessoas nesses cinco jogos, dando uma média de 1.182 por partida. Já a Serra do Lago, tem a quinta melhor média, com 450 pessoas por jogo.

Estádio Mané Garrincha (Agência Brasil)


Veja os detalhes: (média/público total)

1 Mané Garrincha-DF 2.195 4.389
2 Bezerrão-DF             1.182 5.911
3 Diogão-GO                  986 1.971
4 Frei Norberto-MG       530 1.059
5 Serra do Lago-GO       450 2.252
6 Abadião-DF                 178 178
7 Rorizão-DF                  170 340
8 Augustinho Lima-DF   127 633
9 Serejão)-DF                    67 133

Além do estadual, o Mané Garrincha recebeu mais dois jogos do Brasiliense: um pela Copa do Brasil, outro pela Copa Verde. Na primeira competição citada, o time candango enfrentou o Oeste. Uma vitória colocaria o Jacaré na segunda fase, mas a partida terminou empatada por 1 x 1, e a equipe paulista ficou com a vaga.

Na ocasião, o estádio registrou a presença de 912 torcedores. Os preços dos bilhetes: R$ 1 e R$ 10. O aluguel do campo: R$ 612, conforme mostra o borderô, publicado no site da CBF.

Borderô de Brasiliense x Oeste, pela Copa do Brasil (Reprodução/CBF)

Pela Copa Verde, o Brasiliense encarou o Atlético Itapemirim nessa quinta-feira, 15. Os donos da casa perderam por 3 a 2 para o time capixaba e deram adeus à competição. O público e a renda ainda não foram divulgados pela CBF. Todavia, somando os públicos dos jogos do Brasiliense no Mané, o total é de 5.301, ou seja, aproximadamente 7,3% da capacidade do estádio Mané Garrincha.

Taça Guanabara:

Vale lembrar que o Mané também foi palco de um jogo do Campeonato Carioca: Nova Iguaçu 0 x 1 Flamengo, gol de Rhodolfo, em 4 de fevereiro, quando 16.088 torcedores marcaram presença no palco mais caro da Copa. A renda da partida foi de R$ 694.980,00. O aluguel saiu por R$ 34.749,00, ou seja 5% da receita bruta.

O próximo jogo agendado para o Mané Garrincha será neste domingo, 18, quando o Brasiliense enfrenta o Paranoá, às 16h.

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