Força, Montillo (Foto Ricardo Moraes / Reuters) |
O gol no amistoso contra a Desportiva, do Espírito Santo, foi um grande sinal de que ele poderia, sim, render.
Porém, as expectativas foram diminuindo de acordo com as frequentes lesões que vinham o afastando dos gramados. Não deve ser fácil, para ele e, principalmente, para a família. É muita pressão.
A lesão na partida contra o Avaí, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, foi a gota d'água.
Ali, ele percebeu que não daria mais. Substituído logo aos sete minutos da primeira etapa, saiu cabisbaixo, irritado. E com razão. A insatisfação era consigo mesmo. Porque não vinha rendendo.
Mas Montillo merece destaque, respaldo e respeito. Afinal, falou publicamente que havia um acordo com o presidente Carlos Eduardo Pereira para a devolução dos salários.
Não fazia questão do dinheiro que ele próprio conquistou trabalhando, se entregando, suando a camisa, mostrando vontade de se recuperar das lesões e voltar a jogar. Torcida cobrava empenho, mas isso não faltou. É preciso entender os motivos.
Isso é ser profissional. Mostrou um grande caráter.
Num país onde a honestidade passa longe, foi preciso um hermano, de fora, dar a lição mais valiosa para nós. Que atitude!
E que bom que o atleta é ligado à família. Questão de orgulho, honra. É o bem mais precioso que existe. Nas horas tristes e alegres, ela estará lá, um alicerce.
Infelizmente, ele vai se aposentar dos gramados. Fará falta. Mas nos deixa uma grande lição.
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