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sábado, 24 de junho de 2017

Cuca recupera o prestígio e a inteligência de Guerra

Guerra é o cérebro do Palmeiras (Alexandre Schneider/Getty Images South America)

Melhor jogador da última edição da Copa Libertadores, Guerra foi contratado para reforçar o Palmeiras. Quando houve o anúncio oficial, não hesitei em dizer que foi um grande acerto por parte da diretoria. Um jogador inteligente, articulador nato.

Só que o começo dele no Verdão foi marcado por empecilhos. Ele não era uma peça de confiança do Eduardo Baptista. Teve que lidar com o banco de reservas, era apenas opção para preencher uma lacuna.

A história todos sabem: Baptista foi demitido, até pela sua insistência e teimosia. Não aguentou a pressão, aumentada devido às suas declarações após o polêmico e confuso jogo contra o Peñarol, no Uruguai.

Cuca chegou e o Palmeiras mostra sinais de recuperação e evolução tática, mesmo que tardia, se compararmos com outros clubes, como Corinthians e Santos.

Guerra virou a peça principal no meio-campo do Palmeiras. E como o venezuelano tem dado conta do recado. Ele tem uma visão de jogo acima da média. Muito rápido, de movimentação.

Contra Bahia e Atlético-GO, coincidentemente nas duas vitórias do clube, o jogador tem mostrado que está afim de ser aquele jogador decisivo e cerebral do ano anterior, na campanha brilhante do Atlético Nacional.

O treinador palmeirense recuperou a confiança e o prestígio de Guerra, bem como a sua inteligência dentro das quatro linhas. Seja vindo de trás, como no primeiro tempo em Salvador, quanto mais avançado, mostrando variações táticas e confundindo os zagueiros adversários.

Guerra foi um dos melhores em campo contra o time de Goiânia, na rodada anterior do Campeonato Brasileiro. Apesar de não conseguir acertar alguns passes, ele consegue achar um companheiro em melhor posição, para que as jogadas tenham sequência.

É natural que ele fique nervoso consigo mesmo. Mas isso é bom. Mostra que está com vontade, não quer perder a titularidade. A consequência vem. Demanda tempo. Ele tem evoluído aos poucos, e se adaptando ao futebol brasileiro. É aptidão para a adaptação.

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