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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Faltou caráter, sobrou arrogância

Foto: Getty Images
Corinthians x Palmeiras. Primeiro dérbi no Centenário. Foi montado um clima perfeito. Os clubes destacaram a rivalidade nas redes sociais, a entrada dos dois times na Arena Corinthians foi feita de forma mista. Nas arquibancadas, infelizmente, via-se apenas uma torcida. Mas a festa estava bonita, digna da grandeza desta história.

Tudo se encaminhava para um jogo com bastante disputa, emoções à flor da pele. Mas eis que, aos 45 minutos do primeiro tempo, um erro do árbitro Thiago Duarte Peixoto coloca tudo a perder.

Gabriel, ex-Palmeiras e que hoje defende o Timão, foi expulso por uma falta que não fez em Keno, atacante do Verdão. Foi aí que o clássico ficou estragado.

Mas, na verdade, quem cometeu a falta foi o Maycon, que se "acusou" como autor. O árbitro sequer deu ouvidos ao atleta. Preferiu por manter a arrogância, a autoridade, se impondo como o dono da razão.

Como o árbitro consegue não diferenciar os jogadores em questão? Afinal, a numeração está voltada para o dono do apito. Era evidente.

Alessandro Darci, quarto árbitro da partida, foi flagrado dizendo "Não foi o Gabriel". Era só assumir o erro, voltar atrás e aplicar o cartão para o Maycon. Simples.

Outro ponto a ser questionado - e lamentado - é a falta de caráter do atacante Keno. Ele aponta para o Gabriel. Mas depois não sabe quem fez a infração sobre ele. Oras, se não sabe quem foi, não acuse.

Não é a primeira vez que Thiago Peixoto quer se aparecer em uma partida. No clássico São Paulo x Santos, pelo Brasileirão de 2015, Rogério Ceni, à época goleiro, já havia dito que o árbitro gostava de se aparecer.

Após o jogo, em uma atitude louvável, Thiago reconhece que errou. Era o mínimo que poderia fazer. A respeito do futuro de sua carreira, fica a incerteza. Mas, ao meu ver, tinha que receber uma punição severa e ficar longe dos gramados por um tempo. É preciso se reciclar.

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