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domingo, 10 de abril de 2016

Tempo de reflexão

Quem me acompanha, me segue, deve ter reparado que as minhas postagens aqui no blog tiveram uma queda.

Isso pode ser explicado através do meu trabalho profissional. E, também, à faculdade. Aulas, pesquisas, mais trabalhos. São madrugadas silenciosas adentro.

Apenas eu e a tela do computador, somadas ao celular, aos livros, papéis e canetas. Não é fácil. Não está sendo fácil.

Mas se engana aquele que diz na vida, tudo é moleza, o famoso pão com manteiga.

Além desses fatores, tenho usado bastante a reflexão. Pensamento introspectivo.

As horas e os minutos livres tenho me dedicado ao pensar. À leitura de obras que trabalhassem com o meu cérebro.

Lembro-me de uma professora que dava aula no Ensino Médio. Ela dizia que é na faculdade que você encontra novas amizades e tem uma vida melhor. Logo, fui contra.

O melhor da faculdade é ter bagagem profissional. O pessoal, nessa fase, não conta muito, vem em segundo plano.

No primeiro ano, há sempre aquelas incertezas. É um mundo diferente. Cultura nova, atitudes diferentes. Há quem crê que é na universidade que as pessoas ganham maturidade.

Pelo o que observo, tenho as minhas dúvidas. Enfim....

Nesses três anos que completo de curso, o contato com os professores são mais sólidos do que com alunos.

Posso ser considerado chato por isso, não tem problema. Sou responsável por aquilo que falo/escrevo, e não pelo que as pessoas ao meu redor entendem.

Surgem nesses tempos o que chamamos de amizade. Textões de Facebook, postagens no Instagram. Sim, admito, fiz  - e talvez - faça muito isso.

Mas nesses quatro meses de 2016 passei a observar com mais atenção e com uma visão mais focada que não há quase amizades genuínas, apenas aliados provisórios. Isso por um motivo: interesse.

Tanto que, ao observar que algumas "amizades" criadas e citadas, não são mais intensas e verdadeiras, apaguei as publicações.

Antes, amizade era uma palavra que tinha sentimento verdadeiro. Hoje, é apenas uma lata de milhos, que vem com data de vencimento em seu rótulo.

Aprendi nesses anos de ensino superior que a gente vive o presente, com a esperança no futuro, mas o fato é que queríamos estar em um determinado momento do passado. Recordar é viver!!

A geração mudou. O tempo passou. Houve evolução. Ou o que chamo de evolução caranguejo. Gosto de conversar com pessoas mais experientes (e não velhas, como costumam usar). E elas dizem que o descartável apenas se referia ao lixo. O século XXI passa por problemas.

Esse texto até aqui nada tem a ver com o futebol.

O que vem a seguir fica a cargo da interpretação.

Precisamos refletir mais. O nosso futebol está chato. Não se pode fazer comemorações, porque vem críticas do outro lado. As federações impedem que o torcedor faça protestos. Por quê?

A seleção brasileira (ou da CBF) não tem representatividade. É um bando comandando!

Fomos humilhados pela Alemanha em julho de 2014, no país-sede. Estamos em abril de 2016 e nenhum fator transformador foi colocado em plano.

A Alemanha ganhou com maestria e merecimento! Que nos sirva de lição! Até agora, nada.

Parece que foi um jogo comum, numa competição qualquer. Só erros. Visão velha e distorcida.

Enquanto Tite opta por não abandonar o Corinthians, a CBF diz não a Jorge Sampaoli, responsável por colocar o Chile num patamar mais elevado do futebol sul-americano.

Para contextualizar: Tite é o melhor treinador brasileiro em atividade. Mas ele está certo em fazer jogo duro com a entidade que não patrocina o futebol. Muito por conta das pessoas que lá estão.

Del Nero, presidente-fantasma da CBF, diz que Dunga e Gilmar Rinaldi ficam até o confronto contra a Bolívia, pelas Eliminatórias. Até lá, teremos Olimpíadas (ok, outro grupo) e Copa América Centenária. Testes de fogo.

E nas Eliminatórias estão mancando. Cedemos o empate contra o Uruguai, e arrancamos o empate no modo bumba-meu-boi diante do Paraguai. Ocupa a sexta colocação, a pior de sua história.

Eles ainda estão tentando descobrir os erros. Procuram o caminho para acertar e colocar o Brasil novamente no cenário positivo.

É o famoso jargão: cada dia, um a 7 a 1 diferente. E assim se caminha. Fundo do poço? Talvez.

Para ter novas ideias é preciso ter novas pessoas, com capacidade de analisar a situação.

Gosto de um trecho da coluna de Robson Morelli, do Estadão, quando ele diz:

"Os alemães, de modo geral, pediram para que nós, brasileiros, não joguemos no lixo toda a tradição e história do nosso futebol. Para que isso não aconteça, é preciso de fato mudar muita coisa. Ou continuaremos afundando nessa areia movediça em que caímos."

É isso. Falta reflexão. Ou tempo para refletir.

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